domingo, 15 de dezembro de 2013

Internacional 0x0 Ponte Preta

Internacional: Muriel; Ednei, Índio, Juan e Fabrício; João Afonso, Josimar (Alex), Jorge Henrique (Forlán), D'Alessandro e Otávio; Leandro Damião (Rafael Moura). Técnico: Clemer.

Ponte Preta: Daniel; Régis Souza, Betão, Raphael Silva e Maurício; Alef, Ferrugem, Matheus Olavo, Adrianinho (Ian) e Ademir (André); Giovanni (Luizinho). Técnico: Jorginho.

Foto: Itamar Aguiar

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagens de César Fabris e Henrique Pereira e plantão de Kalwyn Corrêa.

Grêmio 1x0 Goiás

Grêmio: Dida; Pará, Rhodolfo, Bressan e Alex Telles; Souza, Ramiro e Zé Roberto (Adriano); Kléber (Maxi Rodríguez), Eduardo Vargas e Barcos (Elano). Técnico: Renato Portaluppi.

Goiás: Renan; Vitor, Valmir Lucas, Ernando e William Matheus; Amaral, Thiago Mendes, Eduardo Sasha (Ramon), Hugo e Renan Oliveira (Roni); Walter (Léo Bonatini). Técnico: Enderson Moreira.

Gol: Barcos (GRE - 16'1º).

Foto: Lucas Uebel

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagens de Alex Bagé e César Fabris e plantão de Kalwyn Corrêa.

sábado, 30 de novembro de 2013

Internacional 0x0 Coritiba

Internacional: Muriel; Ednei (Alex), Índio, Juan e Fabrício; Willians, Josimar, Otávio, D'Alessandro e Jorge Henrique; Leandro Damião. Técnico: Clemer.

Coritiba: Vanderlei; Luccas Claro, Leandro Almeida e Chico; Victor Ferraz, Willian Farias (Germano), Júnior Urso, Alex e Carlinhos; Geraldo (Diogo Goiano) e Deivid (Lincoln). Técnico: Tcheco.

Foto: Jeferson Guareze

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Thiago Suman, comentários deste que vos escreve, reportagens de César Fabris e Mateus Oliveira e plantão de Kalwyn Corrêa.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Brasil 2x1 Chile

Brasil: Júlio César; Maicon, Thiago Silva (Dante), David Luiz e Maxwell; Paulinho (Hernanes), Luiz Gustavo, Hulk (Ramires), Oscar (Willian) e Neymar (Lucas Leiva); Jô (Robinho). Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Chile: Bravo; Jara, Medel e Marcos González; Fuenzalida (Valdívia - Matías Fernández), Carlos Carmona, Marcelo Díaz (Beausejour), Felipe Gutiérrez (Carlos Muñoz) e Mena; Sánchez e Eduardo Vargas. Técnico: Jorge Sampaoli.

Gols: Hulk (BRA - 13'1º), Eduardo Vargas (CHI - 25'2º) e Robinho (BRA - 33'2º).

Foto: Rafael Ribeiro

UM BOM TESTE PARA A COPA

Nada de Gabão, Iraque, China ou até mesmo Honduras - por mais que estes estejam no Mundial. O Chile, esse sim, é um grande adversário de preparação para a Copa do Mundo. Um time veloz, qualificado tecnicamente, intenso e muito bem treinado pelo competente Jorge Sampaoli. É incrível a facilidade com que os chilenos modificam sua forma de jogar e até mesmo seu esquema tático durante as partidas. Contra Inglaterra e Brasil, atuaram no 3-5-2, no 4-4-2, no 4-3-3 e no 4-2-3-1. Do Chile, referências positivas e uma seleção que pode incomodar em 2014.

DIFERENÇAS DE FELIPÃO

Já nem lembro o último treinador que fez a Seleção Brasileira jogar de forma vibrante e competitiva - talvez tenha sido o próprio Felipão, lá no longínquo 2002. O Brasil de hoje tem esse poder de determinação e indignação. Há jogadas ensaiadas na equipe, algo que decididamente não era comum nos últimos anos. O time é taticamente organizado num 4-2-3-1 funcional. A defesa, muito sólida. O meio-campo, compacto. O ataque, envolvente. São as diferenças de um time que está em fase adiantada e bem encaminhada de preparação para a Copa do Mundo.

A MELHOR DUPLA DE ZAGA DO MUNDO

Thiago Silva e David Luiz seguramente estão entre os cinco melhores zagueiros do mundo atualmente. Os dois juntos, então, formam a melhor dupla de zaga do planeta. Não vejo outro time ou outra seleção com uma defesa tão consistente e segura quanto essa. É um ponto alto da Seleção Brasileira. Os dois unem técnica e força e combatem tanto pelo chão quanto pelo alto. Thiago Silva é o capitão e David Luiz é seu substituto natural na função. São pilares importantíssimos na busca pelo hexa.

INTENSIDADE OFENSIVA

Chamou atenção a movimentação do sistema ofensivo de Felipão. Neymar e Hulk alternando sistematicamente de posições, com Oscar centralizado e Jô fazendo muito bem a função de pivô ou até mesmo puxando a marcação para abrir espaços aos meias. É uma engrenagem que funciona. A expressão facial do adversário prova que o perigo vem de todos os lados. Basta um dos meias receber a bola de frente para o gol que o pavor fica nítido nos rivais. E ainda há Willian pedindo passagem. Bernard também. O próprio Kaká, quem sabe. Até mesmo Robinho. Fred também é nome certo para a Copa. É um grupo bastante promissor para o 4-2-3-1 proposto por Felipão.

EDUARDO VARGAS

A carreira desse chileno é um mistério. Durante a jornada da Rádio Grenal, cheguei a classificá-lo como o "incrível caso do atleta que só joga bem com Jorge Sampaoli". O grande momento de Vargas, na La U, foi com este comandante. No Chile, onde é decisivo e sempre faz a diferença, o comandante é o mesmo. No Napoli e no Grêmio Vargas vive de altos e baixos e adquiriu o infeliz rótulo de jogador que amarela nos grandes momentos. Vale lembrar que, com Sampaoli, Vargas raramente joga de ponta. Contra o Brasil, por exemplo, foi "falso nove".

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Thiago Suman, comentários deste que vos escreve, reportagem de Henrique Pereira e plantão de Kalwyn Corrêa.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Grêmio 2x1 Flamengo

Grêmio: Dida; Pará, Rhodolfo, Bressan e Alex Telles; Souza, Ramiro, Riveros (Maxi Rodríguez) e Zé Roberto (Yuri Mamute); Kléber (Elano) e Barcos. Técnico: Renato Portaluppi.

Flamengo: Paulo Victor; Welinton, Frauches e Samir; Digão, Diego Silva, Val (Luiz Antônio), Gabriel (Adryan) e João Paulo; Bruninho (Rafinha) e Nixon. Técnico: Jayme de Almeida.

Gols: Maxi Rodríguez (GRE - 15'2º), João Paulo (FLA - 40'2º) e Maxi Rodríguez (GRE - 42'2º).

Foto: Wesley Santos

FORMAÇÕES INICIAIS

Renato Portaluppi repetiu o 4-4-2 que havia vencido o Vasco na última quarta-feira - com três volantes e Zé Roberto na meia. Já o Flamengo, priorizando a Copa do Brasil, atuou num 3-5-2 com time totalmente reserva. Jayme de Almeira propôs nitidamente escalar uma equipe para marcar o Grêmio e sair esporadicamente em contra-ataques. O Grêmio, em contrapartida, precisava vencer e era fundamental que buscasse o placar desde o início.

MATEMÁTICA BÁSICA

O grande problema que o Grêmio enfrentou no primeiro tempo foi a falta de aproximação dos volantes e dos alas. Zé Roberto, Kléber e Barcos viam-se sozinhos contra três zagueiros e mais dois volantes. É matemática: três avantes contra cinco marcadores. Não deu certo, obviamente. Sem o apoio ideal de Ramiro ou Riveros e ainda Pará ou Alex Telles, o Grêmio simplesmente não tinha retenção de bola nem possibilidade de tabelamentos.

ATAQUE NO ZERO

Mais uma vez o ataque do Grêmio não foi às redes. Barcos não marca há quase 30 dias. Kléber, há dois meses e meio. E diante do Flamengo a história não foi diferente. Barcos e Kléber mais uma vez decepcionaram. É bem verdade que faltou parceria no primeiro tempo, mas os atacantes pouco fizeram para contribuir com a equipe. De novo passaram em branco.

O FATOR MAXI RODRÍGUEZ

O ingresso de Maxi Rodríguez mudou o jogo. Dois gols marcados, intensa movimentação, progressão com qualidade, infiltrações em velocidade e finalizações impecáveis. Assim foi a partida do uruguaio, que decididamente não pode ser reserva do Grêmio. Não pode ser o salvador do time, o grande e fundamental destaque, mas precisa ser titular. É o único meia com características de armação de jogadas no elenco. Não pode ser preterido nem sob a alegação de que ainda não está pronto ou que não marca como deveria.

QUATRO ESTRANGEIROS

Riveros, sempre discreto, deixou de ser eficiente e passou a ser um jogador praticamente sem função nos últimos jogos. Vargas não passou de promessa em 2013, sempre gerando entre os torcedores uma enorme expectativa e consequentemente uma grande frustração. Barcos, o centroavante, não colabora em nada com o setor ofensivo e hoje é uma figura nula para o time. Maxi Rodríguez é o quarto estrangeiro, mas o único com qualidade para alterar um panorama complicado dentro das partidas. E, principalmente, o único que corresponde. Não pode Maxi ser o quarto estrangeiro, precisa ser o primeiro.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagens de César Fabris e Henrique Pereira e plantão de Kalwyn Corrêa.

domingo, 17 de novembro de 2013

Atlético MG 2x1 Internacional

Atlético MG: Giovanni; Marcos Rocha (Carlos César), Leonardo Silva, Réver e Lucas Cândido; Pierre, Josué, Diego Tardelli, Guilherme (Luan - Dátolo) e Fernandinho; Alecsandro. Técnico: Cuca.

Internacional: Muriel; Cláudio Winck (Alex), Alan, Jackson e Fabrício; Willians, João Afonso (Valdívia), Otávio, D'Alessandro e Jorge Henrique; Caio (Rafael Moura). Técnico: Clemer.

Gols: Fernandinho (AMG - 37'1º), D'Alessandro (INT - 20'2º) e Alecsandro (AMG - 21'2º).

Foto: Bruno Cantini

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Ciro Götz, comentários deste que vos escreve, reportagem de César Fabris e plantão de Rodrigo Morel.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Internacional 2x1 Botafogo

Internacional: Muriel; Ednei (Nathan Índio), Alan, Jackson e Fabrício; Willians, João Afonso, Otávio (Josimar), D'Alessandro e Jorge Henrique; Scocco (Caio). Técnico: Clemer.

Botafogo: Jefferson; Edílson, Bolívar, Dória e Júlio César; Marcelo Mattos (Renato), Gabriel, Gegê (Bruno Mendes), Seedorf e Rafael Marques (Hyuri). Técnico: Oswaldo Oliveira.

Gols: Jorge Henrique (INT - 39'1º), Dória (BOT - 2'2º) e Jackson (INT - 5'2º).

Foto: Alexandre Lops

FUTEBOL CONSCIENTE

Fazia horas que o Inter não apresentava um futebol inteligente, compacto e seguro. O time que derrotou o Botafogo em Caxias do Sul foi isso. Soube observar os espaços cedidos pelo adversário e agir de forma objetiva. Teve a tranquilidade de não se expor desnecessariamente tanto no 1x0 quanto no 2x1. O sistema defensivo, que sempre é a grande preocupação colorada, não causou calafrios no seu torcedor - o que já é um avanço considerável. A zaga funcionou, os laterais não comprometeram, os volantes foram muito competentes e os meias criaram. Abaixo da média apenas Scocco, isolado e improdutivo durante o tempo em que ficou em campo.

TREINO É JOGO

O repórter César Fabris, da Rádio Grenal, alertava ainda no sábado para um detalhe importante do treino tático comandado por Clemer em Caxias do Sul. O comandante colorado disparava contra Otávio, desatento na marcação: "chega de dar desculpa, vai lá e marca o lateral até o fim, essa é sua função!". Pois o primeiro gol contra o Botafogo saiu exatamente assim: com Otávio acreditando em uma bola praticamente perdida, desarmando Júlio César e cruzando para a falha de Bolívar e o consequente chute de Jorge Henrique. O segundo gol, de bola parada, nem é preciso detalhar: uma jogada treinada desde os tempos de Dunga.

O TIME DE CLEMER

Pode ser acaso, pode ser tendência ou pode até mesmo ser uma nova realidade. É difícil concluir com frieza os motivos da boa atuação colorada especialmente em um ano tão turbulento como esse. Mas o fato é que o Inter que venceu o Botafogo teve a cara de Clemer. O 4-2-3-1, convicção do treinador, funcionou. As alterações táticas surtiram efeito. O time teve compactação. Certamente Clemer vai, hoje, dormir feliz.

VITÓRIA PROVIDENCIAL

Em uma terra onde rebaixamento é corneta histórica, mais vale prevenir do que remediar. Por mais que a chance de o Inter ser rebaixado fosse quase nula - a vitória a reduziu a zero -, a direção e especialmente o torcedor tinham uma pitada de desconfiança. O Inter sai agora para dois compromissos bastante complicados longe de casa: Atlético MG e Goiás. Com uma sequência dessas, é indiscutível observar que a vitória contra os cariocas foi providencial para que o CT do Parque Gigante volte a ser palco de dias tranquilos.

OS CUIDADOS

Não é porque o Inter venceu o Botafogo que passou a ser o melhor time do mundo. Calma, alto lá. Não é porque Clemer teve diversos méritos que passa automaticamente a ser o Guardiola brasileiro. Não, decididamente não. É preciso cuidado. É necessário avaliar as situações que envolveram a partida, projetar os próximos jogos e planejar decentemente o ano de 2014. Não se pode esquecer os erros de 2013, mas sim aprender com eles para não repeti-los posteriormente.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagens de César Fabris e João Batista Filho e plantão de Kalwyn Corrêa.

domingo, 3 de novembro de 2013

Grêmio 0x0 Bahia

Grêmio: Dida; Moisés, Rhodolfo, Bressan e Alex Telles (Wendell); Souza, Ramiro (Elano) e Riveros (Zé Roberto); Eduardo Vargas, Kléber e Barcos. Técnico: Renato Portaluppi.

Bahia: Marcelo Lomba; Fabrício Lusa (Madson), Lucas Fonseca, Demerson e Jussandro (Raul); Fahel, Rafael Miranda e Feijão; William Barbio, Souza (Talisca) e Fernandão. Técnico: Cristóvão Borges.

Foto: Lucas Uebel

ESQUEMAS ESPELHADOS

Grêmio e Bahia entraram em campo sem meias de armação. Consequência disso, obviamente, foi a ausência de criatividade no jogo. As jogadas de ataque, todas da equipe gaúcha, tiveram como fatores principais a movimentação dos atacantes ou os avanços dos volantes. Eram três volantes com características semelhantes em cada um dos times. No ataque, as semelhanças seguiram: um jogador de velocidade - Vargas no Grêmio e William Barbio no Bahia - e dois de retenção - Barcos e Kléber no lado mandante e Souza e Fernandão pela equipe visitante.

SUPERIORIDADE TOTAL

O Grêmio foi superior do início ao fim do jogo. Foram pelo menos cinco claras chances de gol desperdiçadas. O grande destaque do Bahia foi Marcelo Lomba, o goleiro. O time de Renato não teve a competência para traduzir essa superioridade no placar.

FALTA DE APROXIMAÇÃO

Uma característica marcante do Grêmio no jogo foi a falta de jogadas curtas de combinação. Vargas abria espaços, Kléber também, mas ninguém os ocupava. Faltou aproximação dos homens de meio-campo. Assim o Grêmio deixou de povoar melhor a intermediária ofensiva, o que certamente facilitaria a criação de jogadas.

O TIME COM ELANO E ZÉ ROBERTO

Com as presenças de Elano e Zé Roberto, o Grêmio foi diferente. Não com o mesmo ímpeto inicial, até porque entraram nos minutos finais e jogaram com os colegas já cansados. Mas o time fica mais consciente. Com a experiente dupla, há qualidade, há cadência e há toque de bola mais qualificado. Renato Portaluppi não pode abrir mão de pelo menos um deles no time titular.

QUARTA-FEIRA

Contra o Atlético PR, o Grêmio não pode se dar ao luxo de perder tantas chances claras de gol. É o jogo do ano, certamente. Não há espaço para equívocos como os que ocorreram diante do fraco Bahia. Uma alternativa a ser usada por Renato, quem sabe, é o ingresso de Elano ou Zé Roberto no lugar de Riveros, discreto nas últimas atuações. Em outra hipótese, também seria interessante a saída de Barcos, em má fase, mudando o esquema para o 4-4-2.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagens de Henrique Pereira e João Batista Filho e plantão de Kalwyn Corrêa.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Atlético PR 1x0 Grêmio

Atlético PR: Weverton; Léo, Manoel, Luiz Alberto e Juninho; Deivid, Éverton, Zezinho (João Paulo) e Paulo Baier (Fran Mérida); Dellatorre (Ciro) e Ederson. Técnico: Vágner Mancini.

Grêmio: Dida; Werley, Rhodolfo e Bressan; Pará, Souza, Ramiro, Riveros e Alex Telles; Yuri Mamute (Paulinho) e Lucas Coelho (Elano). Técnico: Renato Portaluppi.

Gol: Dellatorre (APR - 36'1º).

Foto: Albari Rosa

ATAQUE ANIMAL

Yuri Mamute e Lucas Coelho: esse foi o ataque de emergência escolhido por Renato para buscar uma atuação convincente fora de casa. Não deu certo. Lucas Coelho ainda tentou, com inteligência, algumas jogadas pessoais. Mamute não conseguiu. Sem um articulador, a dupla de ataque, inexperiente, não conseguiu sequer reter a bola no campo de frente. Pouco - ou nada - contribuíram para o time.

MOVIMENTAÇÕES OFENSIVAS

Dellatorre jogava mais fora da área, buscando vez que outra ingressar em diagonal. Ederson, mais centralizado, sempre foi uma espécia de "achador" de gols. Uma simples alteração de posições, num lance isolado, foi suficiente para definir o placar. Ederson saiu da área e Dellatorre, às costas de Werley, conseguiu confundir a zaga gremista e fazer o gol do jogo. Com três zagueiros, Dellatorre nenhum pode subir, se antecipar e cabecear para o gol.

UM GRÊMIO SEM ARTICULAÇÃO

Não há um armador no elenco do Grêmio. Mas o plantel conta com Elano e Zé Roberto, condutores de bola, que chegam bem de trás, e Maxi Rodríguez, um lançador de movimentos individuais interessantes. Renato abriu mão dos três. Escalou o time sem um elo entre os volantes e os homens de frente. Mesmo com o placar adverso, não fez a terceira alteração e fez com que Maxi Rodríguez e Zé Roberto assistissem aos 90 minutos do banco de reservas. Incompreensível. E quando ingressou Elano, saiu o único atacante que buscava alguma jogada interessante - Lucas Coelho.

FALTOU OUSADIA A RENATO

Renato podia alterar o esquema tático. Não o fez. Manter o 3-5-2 e o 3-6-1 mesmo com a derrota demonstrou uma falta de impetuosidade que até então o comandante gremista não havia demonstrado. Se impunha o ingresso de um meia na vaga de um dos três zagueiros, simplesmente alterando o time para um 4-4-2 mais consistente. Faltou para o Renato treinador aquilo que o Renato jogador tinha como principal característica: ousadia.

O JOGO DE VOLTA

Na Arena, quarta-feira que vem, o Grêmio não pode pensar em outro esquema: é 4-3-3. A vitória é necessária e o 2x1, por exemplo, não basta. Um gol dos paranaenses significa a obrigação dos gaúchos marcarem no mínimo três vezes. É um jogo de risco absoluto. Alguns jogadores já classificaram o apoio do torcedor como fator decisivo. Jogo para 50 mil pessoas. E é proibido sofrer gol.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagem de César Fabris e plantão de Kalwyn Corrêa.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Internacional 2x3 São Paulo

Internacional: Muriel; Gabriel (Rafael Moura), Jackson, Juan e Fabrício; João Afonso, Jorge Henrique, Alex (Caio), D'Alessandro e Otávio; Leandro Damião (Scocco). Técnico: Clemer.

São Paulo: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rafael Tolói, Édson Silva e Reinaldo; Wellington, Rodrigo Caio, Douglas, Paulo Henrique Ganso e Ademílson (Lucas Evangelista); Aloísio (Welliton). Técnico: Muricy Ramalho.

Gols: Aloísio (SPA - 9'1º), Leandro Damião (INT - 32'1º), Aloísio (SPA - 44'1º), Jorge Henrique (INT - 2'2º) e Aloísio (SPA - 8'2º).

Foto: Rubens Chiri

INTER NO 4-1-4-1

Clemer surpreendeu a todos quando confirmou João Afonso como único volante no time titular e o retorno de Alex à equipe. Para o desenho de meio-campo, a grande dúvida pairava sobre o posicionamento de Jorge Henrique. Sem a bola, sua recomposição deixava o time no 4-2-3-1 tradicional. Com a bola, entretanto, seus avanços evidenciavam o 4-1-4-1 pouquíssimo usado no futebol brasileiro. Clemer, claramente, inspira-se também nas tendências do futebol europeu para seu início de carreira como técnico. Contra um São Paulo de três zagueiros, os quatro meias colorados davam quase a certeza de que os mandantes iriam encurralar os paulistas.

QUANDO UM GRANDE TREINADOR APARECE

A ideia de Clemer foi rapidamente captada por Muricy Ramalho. E aí percebemos a experiência e a sabedoria de um excelente técnico. Muricy prontamente ordenou que um de seus zagueiros - Paulo Miranda - virasse lateral direito. Douglas passou a atuar como meia aberto, também pela direita. Reinaldo deixou de ser ala e passou a ser lateral pelo setor esquerdo. Ademílson recuou um pouco e passou a ter mais espaço. Pronto. O São Paulo em cinco minutos mudou do 3-5-2 para o 4-2-3-1. Agora os três meias são-paulinhos jogavam atrás da linha de quatro armadores montada por Clemer. Muito cedo Aloísio marcou o 1x0 e ficou claro que o Inter não podia correr tantos riscos. Méritos, muitos méritos a Muricy Ramalho.

ATAQUE X DEFESA

Quando mais o ataque colorado envolve e funciona, mais a defesa se complica e falha. Esse é o dilema do Inter na temporada 2013. Não foi um mau jogo do sistema ofensivo, muito pelo contrário. Alex foi o melhor jogador colorado da partida, D'Alessandro foi muito bem, Jorge Henrique fez gol, Otávio correu, Leandro Damião voltou a marcar, mesmo que tenha saído lesionado... aí temos um Inter que funciona. O time que deixa muito a desejar fica do meio para trás. João Afonso teve inúmeros problemas na saída de bola e no posicionamento, a zaga não consegue ser confiável, os laterais falham na marcação e assim o time não chega a lugar nenhum.

ARBITRAGEM

Péricles Bassols Cortês, árbitro carioca, teve uma péssima tarde em Caxias do Sul. Ele e seus auxiliares prejudicaram o espetáculo e principalmente o time colorado. O primeiro gol dos são-paulinos teve Aloísio em clara posição de impedimento. Na etapa final, já com o placar de 2x3, o juiz simplesmente sonegou um dos pênaltis mais claros do Campeonato Brasileiro 2013. A jogada aconteceu pelo menos um metro dentro da grande área, mas sabe-se lá por que ele acabou marcando fora, também um metro longe da linha. Uma decisão lamentável que, obviamente, fez o Centenário pulsar: "ladrão, ladrão, ladrão".

PROJETO 2014

O Inter tem ainda sete jogos no Brasileirão mas não tem o que fazer. Não cai e também não classifica para a Libertadores. O único possível interesse do Colorado na competição pode ser prejudicar o rival Grêmio através dos confrontos diretos que tem: Atlético PR e Botafogo, na sequência. Fora isso, não há mais como comemorar ou entristecer. É colocar a gurizada para jogar, ver o que pode e o que não deve ser aproveitado e iniciar um planejamento para o ano que vem.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagens de César Fabris e Henrique Pereira e plantão de Kalwyn Corrêa.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Grêmio 0(3)x(2)0 Corinthians

Grêmio: Dida; Pará, Rhodolfo, Bressan e Alex Telles; Souza, Ramiro e Riveros (Elano); Eduardo Vargas, Kléber e Barcos. Técnico: Renato Portaluppi.

Corinthians: Walter; Alessandro, Gil, Paulo André e Fábio Santos (Igor); Ralf, Guilherme (Émerson Sheik), Edenílson, Douglas (Danilo) e Romarinho; Alexandre Pato. Técnico: Tite.

Pênaltis:
GRE - Barcos (defesa de Walter)
COR - Danilo (defesa de Dida)
GRE - Alex Telles (na trave)
COR - Romarinho (gol)
GRE - Pará (gol)
COR - Edenílson (defesa de Dida)
GRE - Elano (gol)
COR - Alessandro (gol)
GRE - Kléber (gol)
COR - Alexandre Pato (defesa de Dida)

Foto: Wesley Santos

A IDEIA DE RENATO

Sem o zagueiro Werley, lesionado, era lógico que Renato Portaluppi optasse pelo 4-3-3. A linha de quatro defensores nunca teve mais do que um jogador avançando para o campo ofensivo - com Alex Telles vigiado por Edenílson e pelo esquema traiçoeiro de Tite, Pará, lateral prioritariamente marcador, foi quem mais se aventurou. O meio-campo novamente foi a base de sustentação do time, tendo em Souza o protetor dos zagueiros. Ramiro, pela direita, e Riveros, pela esquerda, eram os responsáveis pela transição de jogadas. Como o lateral direito subia mais, quem apareceu melhor foi Ramiro. Na frente, três jogadores que alternavam posições com o intuito de confundir a sólida defesa do Corinthians. Barcos e Kléber rodeavam a área enquanto Vargas jogava um pouco mais recuado, uma espécie de falso meia - bem parecido com seu posicionamento na Seleção Chilena.

A IDEIA DE TITE

Conversávamos segunda-feira com o repórter paulista Marco Bello, da Rádio Transamérica, que alertava: "quando Tite joga para ganhar, ele escala nas laterais Edenílson e Igor, mas quando pensa em não perder, opta por Alessandro e Fábio Santos". Vê-se, claramente, que o Corinthians veio para segurar o 0x0. Como de praxe o treinador montou um esquema consistente na parte defensiva e buscou atacar apenas quando algum espaço surgia - o que poucas vezes aconteceu. Destaque também para uma rápida transição de seu sistema tático. O Corinthians, em bons minutos da partida, atuou no 4-1-4-1, tendo Guilherme se juntado à linha de meias e Ralf permanecido como único volante. A ideia foi suficiente para matar a grande jogada que o Grêmio tem pelo lado esquerdo - Alex Telles pouco conseguiu contribuir em função disso.

DUELO DE PRANCHETAS

Os 180 minutos de Grêmio x Corinthians foram extremamente táticos. Uma disputa de xadrez entre os grupos e seus treinadores. Qualquer movimentação mais ousada e impensada podia custar caro, o que fatalmente ajuda a explicar a ausência de gols nos dois jogos. As partidas também encerraram qualquer espécie de tese que apoie a ideia de que "0x0 é um jogo chato". Foram duas grandes exibições das duas equipes, mesmo que sem gols.

ATAQUES INEFICIENTES

Além do medo de ser surpreendido, outro fator que explica o duplo 0x0 é a ineficiência dos ataques de Grêmio e Corinthians. Na Arena, Vargas perdeu duas chances claríssimas de marcar. Kléber teve uma oportunidade em cabeceio defendido pelo goleiro Walter. Barcos, o centroavante, mais uma vez foi figura nula na partida. Pelo lado dos paulistas, Émerson Sheik jogou bem em São Paulo mas foi expulso em Porto Alegre. Alexandre Pato, que considero jogador de videogame, mais uma vez nada produziu - o que, convenhamos, já é uma rotina.

A EMOÇÃO DOS PÊNALTIS

Dida foi o grande nome da noite. O experiente goleiro gremista, 40 anos, defendeu simplesmente três cobranças de pênalti e levou o time à próxima fase da competição. O adversário será o Atlético PR, que eliminou o Inter também após dois empates. Dida, responsável pela classificação, é frio, gelado. Sua expressão e sua fisionomia não mudam. É importante ter um goleiro que é extremamente respeitado e que cresce na decisão. E pegador de pênalti. Dida é isso.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagens de Alex Bagé e César Fabris e plantão de Kalwyn Corrêa.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Internacional 4x1 Náutico

Internacional: Muriel; Gabriel, Jackson, Juan e Kléber; Airton (João Afonso), Willians, Scocco (Fabrício), D'Alessandro e Otávio (Caio); Leandro Damião. Técnico: Clemer.

Náutico: Ricardo Berna; Maranhão, João Filipe, William Alves e Bruno Collaço; Elicarlos, Derley, Martinez e Tiago Real (Diego Morales); Maikon Leite (Marcos Vinícius) e Olivera (Hugo).

Gols: D'Alessandro (INT - 16'1º), Tiago Real (NAU - 26'1º), Otávio (INT - 45'1º), Willians (INT - 24'2º) e Kléber (INT - 36'2º).

Foto: Nabor Goulart

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagens de César Fabris e João Batista Filho e plantão de Kalwyn Corrêa.

sábado, 12 de outubro de 2013

Flamengo 2x1 Internacional

Flamengo: Felipe; Léo Moura, Chicão, Frauches (Fernando) e João Paulo; Amaral, Elias, Luiz Antônio e André Santos (Gabriel); Paulinho e Hernane (Val). Técnico: Jayme de Almeida.

Internacional: Muriel; Gabriel, Jackson, Juan e Fabrício; Ygor, Willians, Caio (Rafael Moura), D'Alessandro e Otávio (Alex Santana); Leandro Damião. Técnico: Clemer.

Gols: Léo Moura (FLA - 28'1º), Hernane (FLA - 26'2º) e Rafael Moura (INT - 36'2º).

Foto: Alexandre Lops

CAUTELA

O início de jogo foi curioso. Com as duas equipes postadas no campo defensivo, claramente com o objetivo de "sair só na boa", ficou a nítida impressão de que tanto Jayme de Almeida quanto Clemer esperavam que o adversário propusesse o jogo nos primeiros minutos. Os dois times se olhavam, se estudavam com cautela. A primeira finalização saiu apenas aos 13 minutos, após falha de Léo Moura e chute de Otávio para bela defesa de Felipe, goleiro flamenguista - aliás, o melhor jogador da noite.

PROBLEMAS NA LINHA DE MEIAS

Um dos grandes fatos positivos do 4-2-3-1 é que a linha de três meias pode, num avanço rápido dos laterais, virar uma blitz de cinco jogadores no campo do adversário. Aí moram dois problemas básicos. O primeiro deles claramente explicado nas raras jogadas de linha de fundo do Inter: Gabriel e Fabrício tiveram contribuição nula para o time. O segundo problema foi a distância entre os próprios meias. Caio, D'Alessandro e Otávio não tiveram jogadas de combinação, não se aproximaram e pouco se viram na partida. Quem sofreu, por tabela, foi o centroavante Leandro Damião.

FALHAS DEFENSIVAS

O primeiro gol do Flamengo nasceu de uma falta não marcada sobre D'Alessandro. Na sequência do lance, o Flamengo articulou às costas do inerte Fabrício e cruzou para Léo Moura, de movimentação inteligente, aparecer sozinho à frente da área. Com dois volantes, é absolutamente inadmissível que um jogador tenha tamanha liberdade numa zona crucial do campo. Ygor e Willians estavam mal posicionados. O segundo gol, novamente às costas de Fabrício, demonstrou o quão fácil é fazer gol no Inter dentro da área. Juan teve de cobrir o lateral esquerdo, Jackson ficou no meio do caminho e Gabriel, na sobra, nada fez. Resultado: Hernane se colocou entre dois defensores e, completamente sozinho, fez o segundo. O Colorado segue falhando com assustadora frequência.

CUIDADO COM AS SOLUÇÕES MÁGICAS

Rafael Moura entrou aos 34 e logo aos 36 descontou para o Inter. A partir de seu ingresso, o Inter passou a alçar bolas para a área visando He-Man e Leandro Damião. Isso não é a solução para o time, que fique claro. Foi, até certo ponto, contra o Flamengo, mas não pode se tornar rotina. Jogar com dois centroavantes sem movimentação não é o ideal para nenhuma equipe. Clemer, espero, sabe disso.

RISCO

Ninguém no Inter fala em rebaixamento - e honestamente também não acredito. Mas o sinal amarelo deve piscar, sim, nos lados da Beira-Rio. Apenas cinco pontos separam a equipe da zona de descenso. Em terra onde a Série B é motivo de corneta entre os dois grandes rivais, ser rebaixado pela primeira vez seria uma tragédia para manchar a história centenária do clube. Repito, não acredito. Não se pode, no entanto, ignorar a tabela de pontuação.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Ciro Götz, comentários deste que vos escreve, reportagem de Henrique Pereira e plantão de Rodrigo Morel.

sábado, 5 de outubro de 2013

Vasco da Gama 3x1 Internacional

Vasco da Gama: Diogo Silva; Fágner, Jomar, Cris e Yotún; Fillipe Soutto, Pedro Ken, Juninho Pernambucano (Sandro Silva) e Dakson (André); Marlone e Edmílson (Willie). Técnico: Dorival Júnior.

Internacional: Muriel; Gabriel, Índio, Juan e Kléber; Ygor (Leandro Damião), Willians, Otávio (Forlán), D'Alessandro e Jorge Henrique; Caio (Airton). Técnico: Dunga.

Gols: Edmílson (VAS - 9'1º), Jorge Henrique (INT - 18'1º), André (VAS - 42'1º) e Willie (VAS - 29'2º).

Foto: Marcelo Sadio

MOMENTOS

Vasco e Inter chegaram para a partida em momentos terríveis dentro do Campeonato Brasileiro. O Inter pelo menos ainda permanece distante da zona de rebaixamento, ao contrário do time carioca, que via-se obrigado a vencer pare deixar tal condição. São dois clubes grandes que colecionam decepções no Brasileirão. E o pior: não demonstram dentro de campo que tem condições de reverter. A briga do Vasco é e continuará sendo contra o descenso. A luta do Inter, em contrapartida, é apenas na Copa do Brasil.

O MELHOR TIME DA TEORIA

Na teoria o Inter tem um goleiro seguro, uma zaga experiente, dois laterais de imensa qualidade técnica, volantes capacitados para proteger qualquer sistema defensivo, meias criativos e habilidosos e atacantes goleadores que se completam. Mas tudo isso só na teoria. Na prática o Inter mais uma vez não existiu e sucumbiu perante um adversário inferior. Na prática o Inter teve um goleiro sem estrela, dois zagueiros pesados e aparentemente desentrosados, laterais que não contribuíram em nada para o time, volantes mal posicionados, meias distantes e um ataque absolutamente inexistente.

UM TIME QUE É O REFLEXO DE SUA DIRETORIA

A direção colorada bate cabeça fora dos gramados. O principal cartola do clube autorizava o presidente da Federação Gaúcha de Futebol a vender o Grenal para outra cidade enquanto os homens do futebol batiam o pé garantindo o clássico em Caxias do Sul. A direção vendia o zagueiro Rodrigo Moledo e o polivalente Fred e os "substituía" pelo meia Alex e pelos atacantes Jorge Henrique e Scocco, jogadores de posições bem diferentes. A demora e a confusão da alta cúpula do Inter reflete dentro de campo: um time perdido, incapaz de encontrar soluções rápidas e facilmente envolvido por quaisquer adversários.

O FIM DA ERA DUNGA

A última substituição feita por Dunga enquanto técnico do Internacional foi provavelmente a mais lamentável de todas em sua trajetória de dez meses. Mesmo perdendo por 2x1, ele promovia o ingresso do volante Airton no lugar do veloz Caio. Um minuto depois o Vasco fechava o placar marcando o terceiro. Dunga estava perdido. Aliás, Dunga esteve perdido durante boa parte do Campeonato Brasileiro. O legado tático do treinador inexiste.

POSSIBILIDADES

Abel Braga é o nome mais cogitado para substituir o agora desempregado Dunga. Não vejo em Abelão um nome capaz de reverter essa maré de insucessos. O principal problema colorado é tático, de estratégia e de posicionamento dentro de campo. O profissional mais indicado para arrumar o time dentro de campo é Mano Menezes. Mano é um cara que chega, remenda com as peças que tem e inicia 2014 com um projeto moderno e confiável. Seria uma grande escolha. Clemer, o interino, considero o nome certo para a hora errada. Será um dos grandes técnicos do Brasil, possivelmente, mas daqui uns dois ou três anos. Não pode queimar etapas.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Ciro Götz, comentários deste que vos escreve, reportagem de Henrique Pereira e plantão de Rodrigo Morel.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Internacional 1x2 Cruzeiro

Internacional: Muriel; Gabriel, Ronaldo Alves, Juan e Kléber (Fabrício); Willians, Josimar (Leandro Damião), Otávio, Alan Patrick (Alex) e Jorge Henrique; Caio. Técnico: Dunga.

Cruzeiro: Fábio; Ceará, Dedé, Bruno Rodrigo e Egídio (Mayke); Nilton, Henrique, Willian, Éverton Ribeiro (Tinga) e Dagoberto (Alisson); Borges. Técnico: Marcelo Oliveira.

Gols: Nilton (CRU - 4'1º), Otávio (INT - 5'1º) e Willian (CRU - 7'2º).

Foto: Edu Andrade

MODIFICAÇÕES

O Inter iniciou a partida com Otávio, Alan Patrick, Jorge Henrique e Caio formando o quarteto final. Uma modificação ousada que visava imprimir velocidade no jogo. E funcionou. O Inter do primeiro tempo foi ligeiramente superior ao Cruzeiro. Foram seis finalizações contra o gol de Fábio, sem contar as jogadas de combinação protagonizadas por esses jogadores. Otávio, aberto pela direita, funcionou muito bem. Jorge Henrique, como meia aberto pela esquerda, deu sustentabilidade a um setor que pouco criava nas partidas anteriores. Caio, mais adiantado, incomodou toda a defesa mineira com seu atrevimento e sua mobilidade. Alan Patrick, mesmo abaixo dos demais, fez um primeiro tempo regular.

ADAPTAÇÕES DO CRUZEIRO

Percebendo a desvantagem de sua equipe, o técnico Marcelo Oliveira promoveu, no intervalo, o ingresso do garoto Mayke. Com isso, o lateral direito Ceará foi deslocado para a esquerda. Quem saiu foi Egídio, ponto fraco da linha defensiva do time mineiro - e que já recebera cartão amarelo. Com essa simples alteração, que por si só já provou a visão correta que tinha da partida, Marcelo Oliveira ajudou a transformar o segundo tempo. Logo no início Willian fez o gol da vitória. E o Inter nunca mais foi o mesmo.

DUNGA ESTRAGA TUDO

Atordoado, o técnico Dunga também precisou modificar. E aí acabou terminando com aquilo que a equipe apresentava de bom. Fabrício entrou no lugar de Kléber e o resultado foi bem abaixo do esperado. Josimar - que estava, como de praxe, melhor do que Willians - foi sacado para a entrada de Leandro Damião. A contribuição do centroavante foi zero. Mais do que isso, o ingresso dele fez com que o Inter mudasse seu posicionamento - para pior, muito pior. Caio foi recuado e não rendeu. Jorge Henrique passou a ser o auxiliar de Willians na volância e obviamente deixou de dar resposta. Otávio foi invertido da direita para a esquerda e simplesmente não foi mais visto dentro de campo. Por fim, Alex entrou na vaga de Alan Patrick. E o resultado, bem, o resultado inexistiu.

PERGUNTAS

O primeiro tempo foi bom, ao contrário do segundo. Tendo em vista a atitude dos jovens que iniciaram a partida, Dunga terá a coragem de manter no banco de reservas os "medalhões" Forlán e Leandro Damião? Por que Ygor é reserva? Por que, entre Willians e Josimar, o ex-flamenguista sempre tem a preferência do treinador? Dunga leu corretamente o jogo? Sendo sétimo colocado, podemos afirmar que há seis grupos no Brasileirão superiores ao Inter? Perguntas que o torcedor faz. E vai continuar fazendo. Por que a diretoria não as responde.

CONFORMISMO

Impressionante o tom passivo do discurso de Marcelo Medeiros, vice-presidente do clube. Ele abriu sua entrevista coletiva afirmando que "a derrota não passou pelo desenho tático da equipe", ignorando totalmente as alterações absurdas propostas pelo treinador no segundo tempo. Sobre os resultados anteriores, afirmou que "a Portuguesa que ganhou do Inter no Vale vem em ascensão" e que "empatar em casa com o Atlético PR, nas circunstâncias em que ocorreu, não foi mau resultado". Por favor... cada vez fica mais claro que o time é reflexo de sua diretoria.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagens de César Fabris e Henrique Pereira e plantão de Kalwyn Corrêa.

Corinthians 0x0 Grêmio

Corinthians: Cássio; Edenílson, Gil, Paulo André e Igor; Ralf, Maldonado (Ibson), Danilo, Douglas (Romarinho) e Émerson Sheik; Paolo Guerrero (Alexandre Pato). Técnico: Tite.

Grêmio: Dida; Pará, Rhodolfo, Bressan e Alex Telles; Souza, Riveros e Ramiro; Kléber, Eduardo Vargas (Paulinho) e Barcos (Elano). Técnico: Renato Portaluppi.

Foto: Marcos Ribolli

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Thiago Suman, comentários deste que vos escreve, reportagem de César Fabris e plantão de Rodrigo Morel.

Internacional 0x1 Portuguesa

Internacional: Muriel; Gabriel, Índio, Juan e Fabrício; Airton (Scocco), Josimar, Alex e D'Alessandro; Caio (Alan) e Leandro Damião. Técnico: Dunga.

Portuguesa: Glédson; Luiz Ricardo, Moisés Moura, Valdomiro e Rogério; Ferdinando, Bruno Henrique, Moisés (Cañete) e Souza (Wanderson); Diogo e Henrique (Bérgson). Técnico: Guto Ferreira.

Gol: Wanderson (POR - 41'2º).

Foto: Edu Andrade

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagens de João Batista Filho e Henrique Pereira e plantão de Kalwyn Corrêa.

Grêmio 1x1 Santos

Grêmio: Dida; Gabriel, Rhodolfo e Bressan (Elano); Pará, Souza, Riveros, Zé Roberto (Eduardo Vargas) e Alex Telles; Kléber e Barcos (Yuri Mamute). Técnico: Renato Portaluppi.

Santos: Aranha; Galhardo (Bruno Peres), Edu Dracena, Gustavo Henrique e Mena; Arouca, Alison (Pedro Castro), Cícero e Montillo (Willian José); Thiago Ribeiro e Gabriel. Técnico: Claudinei Oliveira.

Gols: Elano (GRE - 27'2º) e Willian José (SAN - 39'2º).

Foto: Lucas Uebel

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Thiago Suman, comentários deste que vos escreve, reportagens de César Fabris, Henrique Pereira e Douglas Demoliner e plantão de Kalwyn Corrêa.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Internacional 2x2 Vitória

Internacional: Alisson (Muriel); Gabriel, Índio, Juan e Kléber; Ygor (Josimar), Willians, D'Alessandro, Scocco e Otávio; Leandro Damião (Alex). Técnico: Dunga.

Vitória: Wilson; Ayrton, Victor Ramos, Kadu e Juan; Michel, Neto Coruja (Felipe Lima), Luis Cáceres, Renato Cajá e Marquinhos; Dinei. Técnico: Ney Franco.

Gols: Luis Cáceres (VIT - 8'1º), D'Alessandro (INT - 26'1º), D'Alessandro (INT - 28'2º) e Luis Cáceres (VIT - 27'2º).

Foto: André Antunes

JOGO DE CORREÇÃO

Era noite para o Inter fazer tudo aquilo que não conseguiu diante do Santos, na terça-feira, ou seja, confirmar o favoritismo sem grandes dificuldades. O adversário, afinal de contas, vem em queda livre no Campeonato Brasileiro. E mais uma vez o Inter decepcionou em pleno Estádio do Vale. Após um primeiro tempo razoável, a equipe sabia que teria imensas dificuldades físicas na segunda etapa mas não se preparou adequadamente para isso. Sem nenhuma compactação, o Inter cedeu espaços e deixou o Vitória empatar o jogo.

INCERTEZAS

Alisson havia ganho a titularidade de Muriel, mas após falhar no segundo gol do Santos e no primeiro do Vitória, a tendência é pelo retorno do irmão mais velho. Fabrício, depois de atitude destemperada e expulsão contra o Peixe, praticamente dava adeus ao time, mas aí entra Kléber e a contribuição consegue ficar ainda mais reduzida. Otávio, outrora intenso, parece passivo em relação aos marcadores nas últimas partidas. Alex, decididamente, ainda não mostrou a que veio. São problemas que Dunga, vaiado após mais um jogo sem vencer, precisa resolver.

PREPARAÇÃO FÍSICA

É desumano obrigar um time a jogar terça e quinta. Calendário varzeano proposto pela CBF, que aceita pedidos de adiamento sem saber quando vai recuperar essas partidas. O Inter, que não tinha nada a ver com o passeio do Santos por Barcelona, virou vítima, por exemplo. A justificativa da preparação física e todo seu desgaste para a partida diante do Vitória é válida. É verdade que a equipe tinha outras maneiras de parcialmente reduzir esse desgaste, mas não há como dizer que a preparação física não foi importante.

CLIMA HOSTIL

A torcida colorada presente no Estádio do Vale foi extremamente gelada e corneteira nas duas últimas partidas do Inter em Novo Hamburgo. Decepcionante. O campo era para ser um caldeirão, o fator local deveria pesar, mas nada disso está acontecendo. Contra o Vitória, Dunga foi chamado de burro antes mesmo do final da partida. O diretor executivo, Chumbinho, discutiu com um "torcedor" que o xingava das arquibancadas. Luís César Souto de Moura, o diretor de futebol, passou como uma flecha pela descontrolada torcida que o insultava intensamente após a partida. O clima não está bom. Longe disso, bem longe.

INTERROGAÇÕES

Afinal de contas, o Inter ainda pode vender ao torcedor a ideia da briga pelo título? Vale a pena priorizar a Copa do Brasil e utilizar o Brasileirão para reabastecimento de peças e revesamento de jogadores fisicamente desgastados? O balanço da temporada 2013 é positivo ou negativo? Perguntas como essas devem ser respondidas pelos homens do futebol do clube o quanto antes. O torcedor aguarda respostas pelo menos fora do campo, visto que nas quatro linhas tudo que ele tem são mais dúvidas e interrogações após cada partida.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Ciro Götz, comentários deste que vos escreve, reportagens de César Fabris e Henrique Pereira e plantão de Kalwyn Corrêa.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Náutico 0x2 Grêmio

Náutico: Gideão; Auremir (Morales), Jean Rolt, Leandro Amaro e Dadá; Elicarlos, Helder (Martinez), Derley e Tiago Real (Maikon Leite); Hugo e Olivera. Técnico: Levi Gomes.

Grêmio: Dida; Gabriel, Rhodolfo e Bressan; Pará, Souza (Saimon), Ramiro, Zé Roberto e Wendell (Paulinho); Kléber (Maxi Rodríguez) e Barcos. Técnico: Renato Portaluppi.

Gols: Barcos (GRE - 25'1°) e Paulinho (GRE - 35'2°).

Foto: Aldo Carneiro

O PRIMEIRO ADVERSÁRIO

O Grêmio tinha de entrar em campo com a missão de colocar no campo a vantagem teórica que tinha no papel. E conseguiu, mesmo que tenha feito seu segundo gol apenas aos 35 do segundo tempo. Quando a vitória era por placar mínimo, o Grêmio por vezes administrou em demasia o resultado magro e perigoso.

OS FLANCOS EM DESTAQUE

Pará e Wendell foram destaques do Grêmio na partida. Pelo lado direito, Pará demonstrou aptidão ofensiva e a tradicional segurança na marcação. Pela esquerda, Wendell realizou uma boa estreia, mesmo que tenha sido pouco exigido na zona de defesa. Atacou bem, demonstrou personalidade e provou a Renato que pode ser testado também em jogos mais complicados.

AS ALTERAÇÕES DE RENATO

Maxi Rodríguez e Paulinho entraram muito bem, deram resposta imediata e criaram grandes possibilidades - inclusive a jogada do gol. O uruguaio, atuando no setor de criação, foi responsável por jogadas criativas e impetuosas de vitória pessoal. Já Paulinho, além do gol, contribuiu com movimentação intensa e inteligente.

RÓTULO DE CANDIDATO

O Grêmio passa a agir como candidato a título do Campeonato Brasileiro. Candidato, repito, não favorito. Consistente na defesa, voluntarioso no meio-campo e lutador no ataque, o Grêmio, sabedor de suas limitações, sabe que não pode deixar Cruzeiro e Botafogo ficarem distantes.

O PRIMEIRO REBAIXADO

O Náutico, indiscutivelmente, será rebaixado no Campeonato Brasileiro. Sem destaques individuais e com muitos problemas na formação da equipe, o clube pernambucano já deve inclusive projetar internamente a disputa da Série B no ano que vem. Mesmo os jogadores mais experientes, como Martinez, Magrão e Olivera, por exemplo, não conseguem dar sustentação técnica para a equipe.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Thiago Suman, comentários deste que vos escreve, reportagem de Mateus Oliveira e plantão de Rodrigo Morel.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Internacional 1x2 Santos

Internacional: Alisson; Jackson (Alex), Alan, Juan e Fabrício; Ygor, Willians, D'Alessandro, Scocco (Caio) e Otávio (Rafael Moura); Leandro Damião. Técnico: Dunga.

Santos: Aranha; Cicinho, Edu Dracena, Gustavo Henrique e Émerson; Alisson,Alan Santos (Renê Júnior), Cícero e Leandrinho (Renato Abreu); Giva (Éverton Costa) e Thiago Ribeiro. Técnico: Claudinei Oliveira.

Gols: Thiago Ribeiro (SAN - 27'1º), Renato Abreu (SAN - 21'2º) e D'Alessandro (INT - 30'2º).

Foto: Nabor Goulart

A FORMAÇÃO INICIAL - ACERTOS

Dunga acertou ao manter a linha de três meias de abastecimento a Leandro Damião. Com essa sequência ele demonstra que confia no esquema e nos jogadores para o transcorrer do ano. É bem verdade que Forlán vai entrar nesse time, muito provavelmente no lugar de Otávio - o que não considero o correto, visto que Scocco muito bem poderia disputar a vaga de centroavante. Sem Índio, Dunga sinalizou que Ronaldo Alves perdeu espaço e escalou acertadamente o jovem Alan.

A FORMAÇÃO INICIAL - ERROS

O grande erro da escalação de Dunga na verdade parecia, antes da partida, um acerto: Jackson na lateral direita. O treinador colorado, sem Gabriel, Ednei e Jorge Henrique, preteriu o próprio Ygor e também Josimar para dar uma chance que decididamente Jackson não aproveitou. Ele nem "cuidou da casinha" e nem contribuiu ofensivamente.

ALTERAÇÕES COLORADAS

Dunga promoveu o ingresso de Alex para a saída de Jackson, fazendo com que Ygor virasse lateral direito - aliás, Ygor se saiu muito bem. No mesmo momento entrava Caio para a saída de Scocco, em alteração sem dúvidas equivocada. O argentino, que tentava abrir espaços e buscava jogadas objetivas, não podia sair. Dunga não deveria sequer cogitar essa possibilidade. A outra alteração, Rafael Moura por Otávio, foi muito mais pelo calor do jogo e na tentativa de um balão para dentro da área resolver alguma coisa. Dunga esteve perdido nas análises da partida.

MÉRITOS AO SANTOS

Ah, o Santos não é um time bobo. Isso era sabido e se dizia antes mesmo de a bola rolar em Novo Hamburgo. Segunda defesa menos vazada do campeonato, toque de bola do meio-campo e velocidade do ataque eram os rótulos verdadeiros que se espalhavam a respeito desse time. E que se confirmaram na vitória fora de casa. O Santos aproveitou as chances que teve e os erros do adversário para construir o resultado. Sofreu defensivamente, é verdade, mas viu em Aranha, seu contestado goleiro, o grande nome da partida. Claudinei Oliveira não tem um time brilhante, longe disso, mas a equipe é ajeitada e mostrou que há vida sem Montillo.

HORA DA DEFINIÇÃO

O Inter não pode ser o time que menos perdeu no Campeonato Brasileiro e essas poucas derrotas serem contra Náutico, Bahia e Santos, estes últimos dentro de casa. O primeiro turno acabou "oficialmente" agora para o Inter e a diretoria precisa decidir em conjunto com a comissão técnica qual será o objetivo do clube na competição. O discurso interno não pode ser de título sendo que a tabela demonstra derrotas bobas e empates em excesso. O Inter tem condições de brigar, sim, mas os tropeços precisam cessar.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagens de João Batista Filho e Rafael Serra e plantão de Kalwyn Corrêa.

sábado, 7 de setembro de 2013

Ponte Preta 1x3 Internacional

Ponte Preta: Roberto; Régis, Betão, Diego Sacoman e Uendel; Baraka, Magal (Everton Santos), Fellipe Bastos (Fernando Bob) e Adrianinho; Leonardo (Giovanni) e William. Técnico: Jorginho.

Internacional: Alisson; Gabriel, Índio, Juan e Fabrício; Ygor, Willians (Alex), D'Alessandro, Scocco (Kléber) e Otávio (Josimar); Leandro Damião. Técnico: Dunga.

Gols: William (PON - 25'1º), Juan (INT - 29'1º), D'Alessandro (INT - 16'2º) e Scocco (INT - 26'2º).

Foto: Marcos Bezerra

DOIS TEMPOS

O Inter do primeiro tempo foi um time que não mereceu sequer o empate. Apático, apenas observou a Ponte Preta jogar e pouco ou nada conseguiu criar no setor ofensivo. Na segunda etapa, contudo, a equipe modificou sua atitude, teve em D'Alessandro, como de praxe, um excelente centralizador de jogadas e construiu sua vitória fora de casa. O choque de vestiário funcionou em Campinas.

LINHA DE MOVIMENTAÇÃO

Mais uma vez Dunga repetiu sua linha com três jogadores de criação. D'Alessandro e Scocco com mais liberdade e Otávio colocado pela esquerda. Justamente o jovem Otávio foi quem rendeu pouco. Fato é que ao menos em termos de movimentação a ideia de Dunga funcionou. Os jogadores correram, abriram espaços, confundiram a marcação adversária e sinalizaram que, com sequência, formam um setor bastante interessante.

A SEGURANÇA DE ALISSON

Pintou um novo titular na meta colorada. Alisson mais uma vez foi seguro, teve importantes defesas e intervenções e demonstrou qualidade na saída de gol. O irmão mais novo de Muriel, ao que tudo indica, ganhou a posição. E com justiça. Estranho seria se Muriel voltasse. A "meritocracia" que Dunga tanto defende é a principal aliada do promissor Alisson.

FORLÁN VAI VOLTAR

O uruguaio Diego Forlán, quando retornar, manterá seu lugar cativo no time? Não sei. Imagino que Dunga o escale na vaga que hoje é ocupada por Otávio, mas confesso achar um equívoco. Scocco deveria sair. Sim, Scocco. Gosto muito desse argentino e também sou um admirador do esquema 4-2-3-1, mas Scocco não é um meia ideal para essa formação. Em Campinas, por exemplo, no primeiro lance em que ele foi fixado como atacante, fez seu gol. É um grande atacante, não um grande meia.

TURBILHÃO DE NERVOS

A Ponte Preta é um time num estado anímico terrível. Muito difícil, nessa situação, conseguir brigar com condições de não ser rebaixada. Os jogadores mal se olham, o time não se acha, o grupo não parece unido e a torcida decididamente não demonstra nenhum apoio. É um momento bastante complicado e, se nada mudar urgente, irreversível.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Ciro Götz, comentários deste que vos escreve, reportagem de João Batista Filho e plantão de Kalwyn Corrêa.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Internacional 1x0 Corinthians

Internacional: Alisson; Gabriel, Índio, Juan e Fabrício; Ygor, Willians, D'Alessandro, Scocco (Josimar) e Otávio (Caio); Leandro Damião (Alex). Técnico: Dunga.

Corinthians: Cássio (Danilo Fernandes); Edenílson, Gil, Paulo André e Fábio Santos (Alessandro); Ralf, Ibson (Igor), Danilo, Douglas e Romarinho; Émerson Sheik. Técnico: Tite.

Gol: D'Alessandro (INT - 8'2º).

Foto: Alexandre Lops

UM INTER DIFERENTE

Não foi apenas a opção por Otávio no time titular que deixou o Inter com ânimos renovados. Dunga colocou em campo um Inter com leves e importantes modificações táticas. Scocco não foi companheiro de Leandro Damião no comando de ataque, mas sim um meia. A primeira etapa teve Ygor e Willians na contenção, protegendo os avanços de Gabriel e Fabrício. Mais à frente, uma linha de três jogadores composta por D'Alessandro, Scocco e Otávio. O centroavante Leandro Damião também tinha um posicionamento interessante, sempre postado entre Fábio Santos e Paulo André, obrigando com que o zagueiro paulista saísse da área e assim abrir espaço para os ingressos de Scocco e Otávio. Tudo muito bem pensado por Dunga.

D'ALESSANDRO DECIDE

D'Alessandro foi genial mais uma vez. Após um primeiro tempo de movimentação reduzida, sempre pelo lado direito, o gringo passou a atuar com mais liberdade na segunda etapa e foi o melhor jogador da partida. O gol foi de quem decide - o 1x0, num jogo encardido, contra a melhor defesa do Campeonato Brasileiro -, a responsabilidade assumida também. Quem tem D'Alessandro em boa fase nunca pode deixar de buscar as vitórias.

TERRITÓRIO DE ÍNDIO

O lendário Elías Figueroa gostava de dizer: "a grande área é minha, nela só entra quem eu quero". Esse, claramente, também é o lema do veterano Índio. Foi assim que ele, mesmo sem ritmo de jogo, construiu sua bela atuação na fria noite de Novo Hamburgo. O Corinthians entrou na área colorada apenas duas vezes no jogo e mesmo assim sequer obrigou Alisson a fazer grandes defesas. Méritos a Índio. Se alguém ainda duvidava - e eu, confesso, era um desses -, agora vive sem essa interrogação: Índio é titular da zaga do Inter.

VICE-PRESIDENTE QUER A TAÇA

Marcelo de Medeiros, vice-presidente colorado, afirmou após a partida que "o Inter venceu um rival direto na disputa pelo título". O cartola, evidentemente, coloca seu Inter como candidato. O Inter que venceu o Corinthians, sem dúvida é postulante. Indiscutivelmente. Resta saber, e Dunga terá de mostrar isso, se a equipe conseguirá repetir nos próximos jogos a atuação e a atitude que teve diante do Timão. Aguardemos. Mas decididamente a vitória reinstalou um clima de otimismo pelos lados do Parque Gigante.

A POLÊMICA DO GOL ANULADO

Uma lambança extraordinária do mau árbitro Paulo Henrique de Godoy Bezerra. Sem o auxílio do monitor, acabei afirmando na jornada da Rádio Grenal que o gol foi mal anulado. Após observar repetidas vezes a jogada, com mais calma, sigo com essa interpretação, mas agora por um motivo diferente. Houve falta de Leandro Damião em Cássio. Mas, porém, contudo, todavia, o árbitro não considerou assim. Ou seja, para ele, o lance foi normal. Aí chega Fabrício e finaliza para o gol. O juiz, indeciso, olha para o bandeira, que imediatamente corre para o centro do campo, validando o que seria a abertura do placar. Aí o auxiliar para, o juiz principal também, o quarto árbitro intervém, o assistente adicional idem e está feita a confusão. Resumo: errou em não marcar a falta e, não assinalando a irregularidade, não tinha motivos para anular o gol. Dois em um, fora os pênaltis reclamados.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagens de César Fabris e João Batista Filho e plantão de Kalwyn Corrêa.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Salgueiro 2x2 Internacional

Salgueiro: Mondragón; Alemão, Ricardo Braz e Ranieri; Marcos Tamandaré (Gil Mineiro), Moreilândia (Sudo), Rodolfo Potiguar, Elvis (Canga) e Daniel; Yerien e Kanu. Técnico: Marcelo Chamusca.

Internacional: Alisson; Ygor, Alan, Ronaldo Alves e Fabrício; Airton, Willians, Jorge Henrique e Alex (Alan Patrick); Scocco (Otávio) e Leandro Damião (Caio). Técnico: Dunga.

Gols: Jorge Henrique (INT - 13'1º), Ranieri (SAL - 11'2º), Alex (INT - 16'2º) e Daniel (SAL - 45'2º).

Foto: Alexandre Lops

CLASSIFICAÇÃO PREOCUPANTE

Assim pode ser definida a passagem do Inter para a próxima fase da Copa do Brasil. Mesmo diante de um adversário imensamente inferior, o Colorado teve dificuldades. Tudo bem que a motivação, após um 3x0 em casa, não era tão grande, mas é inadmissível sofrer dois gols do Salgueiro da forma com que o time gaúcho levou. O próximo adversário na competição será o Atlético PR, que recentemente arrancou um 2x2 em pleno Vale dos Sinos.

O INTER DO SERTÃO

O Inter que vimos na cidade de Salgueiro foi um time sem brilho, sem determinação e sem ousadia. Uma equipe disposta apenas a deixar o tempo passar e garantir logo a passagem à próxima fase. Mas não pode ser assim. Não o Inter. A oceânica diferença entre os times deixa - ou deveria deixar - bem claro que a vitória, mesmo com a classificação encaminhada, era obrigação colorada. Não aconteceu. Foi outra decepção.

NOITE DE OBSERVAÇÕES

A noite, que deveria ser de observações, foi de sono e lamentos. Alex e Scocco desde o início era a grande notícia e merecia destaque. Os recém contratados tinham a chance de provar a Dunga que podem fazer parte do time titular, mas não o fizeram. Nem Alex, que marcou gol mas jogou pouco, nem Scocco, de produtividade nula. Ambos, mas especialmente o argentino, desperdiçaram uma boa chance.

PROBLEMAS RECORRENTES

Time titular, time misto, adversário forte, adversário fraco... não importa, o Inter segue levando muitos gols. Do Salgueiro, foram dois, o que é extremamente preocupante. E foram "só" dois porque Alisson ainda defendeu um pênalti. O meio-campo segue distante e deixando a defesa exposta. Já vamos para setembro e esse problema ainda não foi solucionado por Dunga.

TUDO EM FAMÍLIA

O grande destaque do jogo foi o goleiro Alisson. Além do pênalti - bem cobrado e maravilhosamente interceptado -, foram outras duas defesas importantes na partida. O Salgueiro finalizou 14 vezes contra sua meta. Está surgindo, talvez não para agora, um novo titular do Internacional. Quem sabe, num futuro próximo, em substituição a seu irmão Muriel.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Ciro Götz, comentários deste que vos escreve, reportagem de César Fabris e plantão de Kalwyn Corrêa.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Internacional 3x0 Salgueiro

Internacional: Alisson; Ygor (Scocco), Ronaldo Alves, Juan e Kléber (Alex); Willians, Jorge Henrique, Fabrício e D'Alessandro; Forlán e Leandro Damião (Otávio). Técnico: Dunga.

Salgueiro: Mondragón; Alemão, Pio e Ranieri; Marcos Tamandaré, Moreilândia (Rodolfo Potiguar), Victor Caicó, Alexson (Sudo) e Daniel; Yerien (Canga) e Fabrício Ceará. Técnico: Marcelo Chamusca.

Gols: D'Alessandro (INT - 3'2º), Scocco (INT - 21'2º) e Forlán (INT - 42'2º).

Foto: Edu Andrade

FINALIZAÇÕES

O Inter chutou trinta vezes contra o gol de Mondragón. O Salgueiro, por sua vez, desferiu apenas quatro arremates contra a meta de Alisson. Isso traduz o jogo. Os colorados amassaram os pernambucanos do início ao fim - o que, convenhamos, era o esperado.

YGOR NA DIREITA

Essa foi a grande surpresa do técnico Dunga para a chuvosa noite de Novo Hamburgo. O Inter entrou em campo com Ygor na lateral direita e Jorge Henrique compondo uma linha de meias ao lado de D'Alessandro e Fabrício. O único volante era Willians. Contra um adversário inferior e absolutamente retrancado, foi uma tentativa válida.

AGRESSIVIDADE

O Inter do segundo tempo foi mais agressivo na relação direta com o primeiro. Seguiu atacando do início ao fim, é verdade, mas teve sustância, objetividade e movimentação. O Inter do segundo tempo teve Scocco. Já são três gols em apenas cinco jogos com a camisa colorada. Mantendo o futebol que vem demonstrando com naturalidade - e sem a adaptação ideal -, o gringo torna obrigatória sua titularidade.

OTÁVIO, DE NOVO

Outra vez Otávio é chamado e de novo ele se apresenta muito bem. É uma joia, esse menino. Suas movimentações são objetivas, invariavelmente visando o gol. Ele ainda não é e nem pode ser tratado como solução imediata dos problemas do Inter, mas sem dúvida, num futuro próximo, estará num patamar diferenciado. O adversário era muito frágil, sem dúvida, mas Otávio coleciona boas apresentações já de alguns meses para cá.

GRINGOS NO SERTÃO

Com a ampla vantagem construída no Vale dos Sinos, duvido que o Inter mande seus gringos para a cidade de Salgueiro. A logística é complicada, incluindo um trajeto de 200km num ônibus em estradas lamentáveis no interior de Pernambuco. O Inter pode - e deve - se dar ao luxo de poupar os principais jogadores.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagens de César Fabris e Henrique Pereira e plantão de Kalwyn Corrêa.