segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Internacional 1x2 Cruzeiro

Internacional: Muriel; Gabriel, Ronaldo Alves, Juan e Kléber (Fabrício); Willians, Josimar (Leandro Damião), Otávio, Alan Patrick (Alex) e Jorge Henrique; Caio. Técnico: Dunga.

Cruzeiro: Fábio; Ceará, Dedé, Bruno Rodrigo e Egídio (Mayke); Nilton, Henrique, Willian, Éverton Ribeiro (Tinga) e Dagoberto (Alisson); Borges. Técnico: Marcelo Oliveira.

Gols: Nilton (CRU - 4'1º), Otávio (INT - 5'1º) e Willian (CRU - 7'2º).

Foto: Edu Andrade

MODIFICAÇÕES

O Inter iniciou a partida com Otávio, Alan Patrick, Jorge Henrique e Caio formando o quarteto final. Uma modificação ousada que visava imprimir velocidade no jogo. E funcionou. O Inter do primeiro tempo foi ligeiramente superior ao Cruzeiro. Foram seis finalizações contra o gol de Fábio, sem contar as jogadas de combinação protagonizadas por esses jogadores. Otávio, aberto pela direita, funcionou muito bem. Jorge Henrique, como meia aberto pela esquerda, deu sustentabilidade a um setor que pouco criava nas partidas anteriores. Caio, mais adiantado, incomodou toda a defesa mineira com seu atrevimento e sua mobilidade. Alan Patrick, mesmo abaixo dos demais, fez um primeiro tempo regular.

ADAPTAÇÕES DO CRUZEIRO

Percebendo a desvantagem de sua equipe, o técnico Marcelo Oliveira promoveu, no intervalo, o ingresso do garoto Mayke. Com isso, o lateral direito Ceará foi deslocado para a esquerda. Quem saiu foi Egídio, ponto fraco da linha defensiva do time mineiro - e que já recebera cartão amarelo. Com essa simples alteração, que por si só já provou a visão correta que tinha da partida, Marcelo Oliveira ajudou a transformar o segundo tempo. Logo no início Willian fez o gol da vitória. E o Inter nunca mais foi o mesmo.

DUNGA ESTRAGA TUDO

Atordoado, o técnico Dunga também precisou modificar. E aí acabou terminando com aquilo que a equipe apresentava de bom. Fabrício entrou no lugar de Kléber e o resultado foi bem abaixo do esperado. Josimar - que estava, como de praxe, melhor do que Willians - foi sacado para a entrada de Leandro Damião. A contribuição do centroavante foi zero. Mais do que isso, o ingresso dele fez com que o Inter mudasse seu posicionamento - para pior, muito pior. Caio foi recuado e não rendeu. Jorge Henrique passou a ser o auxiliar de Willians na volância e obviamente deixou de dar resposta. Otávio foi invertido da direita para a esquerda e simplesmente não foi mais visto dentro de campo. Por fim, Alex entrou na vaga de Alan Patrick. E o resultado, bem, o resultado inexistiu.

PERGUNTAS

O primeiro tempo foi bom, ao contrário do segundo. Tendo em vista a atitude dos jovens que iniciaram a partida, Dunga terá a coragem de manter no banco de reservas os "medalhões" Forlán e Leandro Damião? Por que Ygor é reserva? Por que, entre Willians e Josimar, o ex-flamenguista sempre tem a preferência do treinador? Dunga leu corretamente o jogo? Sendo sétimo colocado, podemos afirmar que há seis grupos no Brasileirão superiores ao Inter? Perguntas que o torcedor faz. E vai continuar fazendo. Por que a diretoria não as responde.

CONFORMISMO

Impressionante o tom passivo do discurso de Marcelo Medeiros, vice-presidente do clube. Ele abriu sua entrevista coletiva afirmando que "a derrota não passou pelo desenho tático da equipe", ignorando totalmente as alterações absurdas propostas pelo treinador no segundo tempo. Sobre os resultados anteriores, afirmou que "a Portuguesa que ganhou do Inter no Vale vem em ascensão" e que "empatar em casa com o Atlético PR, nas circunstâncias em que ocorreu, não foi mau resultado". Por favor... cada vez fica mais claro que o time é reflexo de sua diretoria.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagens de César Fabris e Henrique Pereira e plantão de Kalwyn Corrêa.

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