sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Internacional 2x2 Vitória

Internacional: Alisson (Muriel); Gabriel, Índio, Juan e Kléber; Ygor (Josimar), Willians, D'Alessandro, Scocco e Otávio; Leandro Damião (Alex). Técnico: Dunga.

Vitória: Wilson; Ayrton, Victor Ramos, Kadu e Juan; Michel, Neto Coruja (Felipe Lima), Luis Cáceres, Renato Cajá e Marquinhos; Dinei. Técnico: Ney Franco.

Gols: Luis Cáceres (VIT - 8'1º), D'Alessandro (INT - 26'1º), D'Alessandro (INT - 28'2º) e Luis Cáceres (VIT - 27'2º).

Foto: André Antunes

JOGO DE CORREÇÃO

Era noite para o Inter fazer tudo aquilo que não conseguiu diante do Santos, na terça-feira, ou seja, confirmar o favoritismo sem grandes dificuldades. O adversário, afinal de contas, vem em queda livre no Campeonato Brasileiro. E mais uma vez o Inter decepcionou em pleno Estádio do Vale. Após um primeiro tempo razoável, a equipe sabia que teria imensas dificuldades físicas na segunda etapa mas não se preparou adequadamente para isso. Sem nenhuma compactação, o Inter cedeu espaços e deixou o Vitória empatar o jogo.

INCERTEZAS

Alisson havia ganho a titularidade de Muriel, mas após falhar no segundo gol do Santos e no primeiro do Vitória, a tendência é pelo retorno do irmão mais velho. Fabrício, depois de atitude destemperada e expulsão contra o Peixe, praticamente dava adeus ao time, mas aí entra Kléber e a contribuição consegue ficar ainda mais reduzida. Otávio, outrora intenso, parece passivo em relação aos marcadores nas últimas partidas. Alex, decididamente, ainda não mostrou a que veio. São problemas que Dunga, vaiado após mais um jogo sem vencer, precisa resolver.

PREPARAÇÃO FÍSICA

É desumano obrigar um time a jogar terça e quinta. Calendário varzeano proposto pela CBF, que aceita pedidos de adiamento sem saber quando vai recuperar essas partidas. O Inter, que não tinha nada a ver com o passeio do Santos por Barcelona, virou vítima, por exemplo. A justificativa da preparação física e todo seu desgaste para a partida diante do Vitória é válida. É verdade que a equipe tinha outras maneiras de parcialmente reduzir esse desgaste, mas não há como dizer que a preparação física não foi importante.

CLIMA HOSTIL

A torcida colorada presente no Estádio do Vale foi extremamente gelada e corneteira nas duas últimas partidas do Inter em Novo Hamburgo. Decepcionante. O campo era para ser um caldeirão, o fator local deveria pesar, mas nada disso está acontecendo. Contra o Vitória, Dunga foi chamado de burro antes mesmo do final da partida. O diretor executivo, Chumbinho, discutiu com um "torcedor" que o xingava das arquibancadas. Luís César Souto de Moura, o diretor de futebol, passou como uma flecha pela descontrolada torcida que o insultava intensamente após a partida. O clima não está bom. Longe disso, bem longe.

INTERROGAÇÕES

Afinal de contas, o Inter ainda pode vender ao torcedor a ideia da briga pelo título? Vale a pena priorizar a Copa do Brasil e utilizar o Brasileirão para reabastecimento de peças e revesamento de jogadores fisicamente desgastados? O balanço da temporada 2013 é positivo ou negativo? Perguntas como essas devem ser respondidas pelos homens do futebol do clube o quanto antes. O torcedor aguarda respostas pelo menos fora do campo, visto que nas quatro linhas tudo que ele tem são mais dúvidas e interrogações após cada partida.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Ciro Götz, comentários deste que vos escreve, reportagens de César Fabris e Henrique Pereira e plantão de Kalwyn Corrêa.

Um comentário:

  1. Caro Cristiano,
    Sou relativamente novo ouvinte da grenal.Mas ouço transmissoes esportivas desde aproximadamente os meus 11 anos, e já tenho quase 50!Fiquei impressionado com a qualidade de seus comentarios.Continue neste trabalho.Precisamos de comentaristas de qualidade no RS!Abs!

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