quinta-feira, 27 de junho de 2013

Internacional 1x1 Grêmio (S-17)

Internacional: Lucas; Tiago Amorim, Eriks, Eduardo e Matheus Oliveira; Léo Taivã, Adriel (Gustavo Furtado), Gustavo Ferrareis (Abu), Yan Petter (Bruno Luís) e Alisson (Leonardo); Alex Sandro (Juan). Técnico: Clemer.

Grêmio: Gritti; Raul, Gian, Ita e Júnior Tavares; Sananduva (Willian), Mossoró (Natan) e Benito (Vico); Lima, Everton e Klauss (Igor Mutante). Técnico: Gavião.

Gols: Yan Petter (INT - 11'2º) e Vico (GRE - 33'2º).

Foto: TXT Assessoria

O 4-3-3 DO GRÊMIO

Precisando reverter uma situação contrária - havia perdido o jogo de ida por 1x0 -, o Grêmio de Gavião começou a partida no 4-3-3. E não era 4-2-3-1 disfarçado, não. Era, de fato, um 4-3-3, com ponteiros e tudo. Comovente o esforço de Gavião para buscar uma reviravolta na final da Copa FGF Sub-17. Com uma equipe sabidamente inferior em termos técnicos, foi para cima do Inter e tentou de todas as formas igualar as possibilidades. Importante também frisar a marcação por zona comandada por ele especialmente no primeiro tempo. Um Grêmio consciente na parte tática, nos juvenis, significa méritos para o treinador.

DESTAQUES AZUIS

As categorias de base do Grêmio estão sucateadas? Ok, até certo ponto sim. Mas continuam formando volantes. Os principais jogadores da tarde de quarta-feira em Alvorada foram Sananduva e Mossoró. O primeiro é um jogador de marcação forte, bom passe e cabeça erguida. Mossoró, além dessas características, tem a habilidade para o improviso, o drible curto e a arrancada pelo meio-campo. Que bela dupla de volantes para o futuro.

DESTAQUES VERMELHOS

Pelo gol decisivo, impossível não citar Yan Petter, presença constante nas seleções de base, como um dos principais jogadores colorados na partida. Destaque muito importante também foi o zagueiro Eduardo, capitão da equipe, que alia força física com velocidade. O defensor é o capitão do time de Clemer e logo percebe-se por quê: ele manda, sinaliza, gesticula, e todos obedecem. Lembra, pelo estilo de jogo - repito, pelo estilo de jogo -, Rodrigo Moledo.

O TÍTULO DE CLEMER - PARTE 1

O primeiro tempo foi de vantagem gremista. A etapa final, de supremacia colorada. Por quê? Por causa de Clemer. Com duas mudanças táticas no intervalo, o comandante do Internacional mudou o panorama do jogo. O ex-goleiro ordenou que sua equipe adiantasse a marcação no segundo tempo, fazendo com que o Grêmio tivesse de começar a construção de suas jogadas lá no seu campo defensivo, ou seja, sem a qualidade dos meias e sem espaço para investidas de velocidade. Resultado: o número de finalizações do Grêmio caiu pela metade no segundo tempo.

O TÍTULO DE CLEMER - PARTE 2

A outra mudança originou inclusive o gol do time colorado. Percebendo que as jogadas de infiltração não davam certo porque os gremistas marcavam por zona, Clemer tirou o centroavante Alex Sandro, colocou o meia Juan e adiantou Yan Petter para ser um "falso atacante". Resultado: bola na rede. Sem um jogador de referência na área, a zaga do Grêmio se expôs, Gian foi obrigado a dar o bote em Alisson na intermediária, Ita ficou sozinho contra Yan Petter, que recebeu em velocidade e marcou o gol colorado. Méritos de todos os autores da construção da obra, mas especialmente a Clemer.

A Rádio Galera da Web transmitiu a partida com narração de Peter Lenhart, comentários deste que vos escreve, reportagens de Henrique Pereira e Eduardo Souza e plantão de Carla Souto.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Grêmio 1x1 São Paulo

Grêmio: Dida; Pará, Werley, Bressan e Alex Telles (Ramiro); Adriano (Elano), Souza e Zé Roberto; Welliton (Guilherme Biteco), Kléber e Barcos. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

São Paulo: Rogério Ceni; Douglas, Lúcio, Paulo Miranda e Juan; Wellington, Rodrigo Caio e Paulo Henrique Ganso; Aloísio (Maicon), Osvaldo e Luís Fabiano. Técnico: Ney Franco.

Gols: Luís Fabiano (SPA - 41'1º) e Kléber (GRE - 40'2º).

Foto: Lucas Uebel

CASAMATA APREENSIVA

O jogo começou com os dois treinadores ameaçados. E por motivos distintos, curiosamente. Ney Franco promovia seu quinto esquema tático em cinco jogos pelo Campeonato Brasileiro. Até mesmo jogadores do próprio elenco o criticaram pela falta de sequência, como Rodrigo Caio e Aloísio. Vanderlei Luxemburgo, o oposto: ameaçado por morrer abraçado com suas convicções que desde janeiro não dão resultado.

O EQUÍVOCO INICIAL

É extremamente difícil um esquema 4-3-3 funcionar sem atacantes de velocidade. Assim foi escalado o Grêmio, com Welliton aberto pela direita e Kléber pela esquerda. Decididamente dois jogadores que não tem dentre suas principais características a rapidez. O São Paulo, em contrapartida, tinha Aloísio e Osvaldo como "ponteiros". Foi assim que o São Paulo construiu sua superioridade no primeiro tempo e consequentemente abriu o placar.

O EQUÍVOCO PRINCIPAL

Elano não pode ser reserva do Grêmio. E quando Vargas é ausência, Guilherme Biteco também não pode ficar no banco de suplentes. Elano pela sua qualidade técnica e Guilherme Biteco pela velocidade que tem. Não se faz futebol moderno, em pleno 2013, sem velocidade de movimentos. Não existe um "esquema ruim", seja o 4-4-2, seja o 4-3-3, seja o 4-2-3-1 etc. O que existe, isso sim, são esquemas inapropriados para os jogadores que o comandante tem à disposição. Um 4-3-3 só funcionaria com o Grêmio caso tivesse Vargas e Guilherme Biteco no time. De qualquer forma, Elano precisa de lugar entre os titulares. Sua qualidade é incontestável.

DUAS CARAS

O Grêmio teve apenas três finalizações no primeiro tempo. Na etapa final foram simplesmente 12 conclusões. A diferença abissal dá-se em virtude dos ingressos, justamente, de Elano e Guilherme Biteco. Por isso o São Paulo venceu com justiça os primeiros 45 minutos e o Grêmio fez seu gol, também com merecimento, na segunda metade da partida.

EMPATE FELIZ

Grêmio e São Paulo não ganharam lá grande projeção na tabela com o empate na Arena. Os treinadores, ao contrário, ficaram felizes. O empate fora de casa deu um suporte a Ney Franco, contestado pelos são-paulinos. A recuperação gremista no segundo tempo foi o que precisava Vanderlei Luxemburgo, que após o término do confronto teve sua permanência assegurada por Fábio Koff, presidente do clube.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagens de Alex Bagé e César Fabris e plantão de Kalwyn Corrêa.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Atlético MG 2x0 Grêmio

Atlético MG: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Gilberto Silva e Richarlyson; Pierre, Leandro Donizete e Ronaldinho; Diego Tardelli (Neto Berola), Luan (Júnior César) e Alecsandro (Josué). Técnico: Cuca.

Grêmio: Dida; Pará, Werley, Bressan e Alex Telles; Adriano (Guilherme Biteco), Souza, Elano e Zé Roberto; Kléber (Lucas Coelho) e Barcos (Welliton). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Gols: Ronaldinho (AMG - 14'2º) e Ronaldinho (AMG - 47'2º).

Foto: Luciano Leon

O GRÊMIO DO HUACHIPATO

O Grêmio de Sete Lagoas foi o mesmo Grêmio que enfrentou o Huachipato na Arena. O mesmo Grêmio que perdeu para o Santa Fe na Colômbia. O mesmo Grêmio que decepcionou no Gauchão. As escalações mudam, mas não a postura do time. Persistindo com ideias equivocadas, Luxemburgo é o líder de um time sem alma, que assiste aos adversários e torna-se passivo a qualquer resultado.

VELOCIDADE

Sem Vargas, única opção de velocidade do time titular, é imperioso que Guilherme Biteco seja titular. O garoto pode não ser a solução - e de fato não é -, mas é indiscutível que não se faz futebol em 2013 sem ao menos uma válvula de escape veloz. Elano e Zé Roberto podem - e devem - jogar juntos, mas não com Kléber. Luxa percebeu isso no meio de semana, contra o Vitória, mas inexplicavelmente voltou atrás e deixou Biteco na reserva em Minas Gerais. Uma "recaída" que custou três pontos.

SEGUNDO TEMPO

Elano cobrou uma falta sobre o gol de Victor a 39 minutos do segundo tempo. Alex Telles finalizou com perigo sete minutos depois. E foram apenas essas as conclusões do Grêmio na etapa final. Evidente que o Atlético MG aproveitou e venceu a partida. Foram 45 longos minutos para os gremistas, que viram Ronaldinho dar a vitória aos mineiros.

GALO MORNO

É fundamental destacar que o Atlético MG tinha desfalques importantes - Réver, Bernard e Jô. Também é preciso afirmar que o Galo vinha em momento ruim na competição e estava sem ganhar há seis jogos. Mais do que isso, deve-se considerar que os mineiros fizeram um jogo morno contra o Grêmio. Não atropelaram, muito menos deram show de futebol. Nada disso. Simplesmente o Atlético MG foi eficiente. Jogou "para o gasto", o que foi suficiente para derrotar o apático time gaúcho.

FIM DE CICLO

Era um defensor da permanência de Vanderlei Luxemburgo. Julgava que apenas Luxa era capaz de fazer jogar um elenco milionário montado e indicado por ele. Fui obrigado a mudar. Ao contrário de Luxemburgo, não posso morrer preso à ideias que, com o tempo, descubro serem equivocadas. Não é feio mudar de opinião. Feio é insistir naquilo que todos sabem que não dará certo. Não vou teimar com o óbvio. O ciclo de Vanderlei Luxemburgo chegou ao fim. Fábio Koff e Rui Costa devem ter se dado conta disso.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagem de Henrique Pereira e plantão de Kalwyn Corrêa.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Internacional 1x2 Bahia

Internacional: Muriel; Gabriel, Rodrigo Moledo, Juan e Fabrício; Airton (Gilberto), Josimar, Fred e D'Alessandro; Forlán e Rafael Moura (Mike). Técnico: Dunga.

Bahia: Marcelo Lomba; Madson, Lucas Fonseca, Titi e Jussandro; Diones, Fahel, Hélder (Feijão) e Marquinhos Gabriel (Raul); Ryder e Fernandão (Potita). Técnico: Cristóvão Borges.

Gols: Ryder (BAH - 9'1º), Fernandão (BAH - 16'2º) e Forlán (INT - 19'2º).

Foto: Alexandre Lops

PRIMEIRO TEMPO TENEBROSO

A frase é forte: o Inter mereceu perder para o Bahia. Por incrível que pareça, um time que tem D'Alessandro e Forlán foi derrotado com merecimento para a equipe de Ryder, Potita e companhia. A etapa inicial foi de apresentação assustadora e preocupante por parte do Inter. Apagões defensivos, falta de objetividade do meio-campo e distração dos atacantes fizeram com que os jogadores saíssem com fortes vaias para o intervalo.

INVERSÃO

Consideremos aquele pré-conceito - equivocado - que rotula os baianos como "preguiçosos". Pois houve uma inversão considerável no jogo de Caxias do Sul. O descompromissado foi o time gaúcho do Inter, enquanto os baianos tiveram durante o jogo inteiro a marcação forte e vibração que é historicamente típica do futebol sulista. Foi o suficiente. Sem grandes valores individuais, o Bahia saiu vencedor da grande zebra do Brasileirão até o momento.

HE-MAN

Rafael Moura não demonstra futebol para ser titular do ataque colorado. Após três jogos como centroavante principal - Leandro Damião, antes lesionado, agora está com a Seleção Brasileira -, He-Man pouco ou nada contribuiu para o andamento das jogadas ofensivas. Gilberto, outrora escanteado no clube, pode ser testado já nas duas próximas partidas, antes da Copa das Confederações. Sem Forlán, que irá para a Seleção Uruguaia, não está descartada a colocação do garoto Mike no time. Os problemas ofensivos do Inter são nítidos.

O PRIMEIRO VOLANTE

Airton está tecnicamente abaixo do restante do time. Tendo Ygor, Willians e Josimar à disposição, discordo de sua manutenção como titular. O ex-volante do Flamengo erra passes fáceis, não dá prosseguimento às combinações e falha quando precisa contribuir na saída de jogo. Airton, suficiente para o Gauchão, já mostra-se inseguro num campeonato onde o nível técnico é superior.

NOS VEMOS EM DEZEMBRO

Num campeonato de pontos corridos, time que briga pelo título não pode perder pontos como os de domingo, em Caxias do Sul. Não há espaço para tropeços contra "pequenos" - muito menos em casa. Talvez a ficha ainda não tenha caído para o torcedor, mas em dezembro será facilmente perceptível que os pontos perdidos para o Bahia foram importantíssimos, talvez fundamentais. Dos times que brigam com o Inter por título ou vaga na Libertadores, poucos - talvez nenhum - sairá derrotado dentro de casa para o Bahia.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagem de João Batista Filho e plantão de Kalwyn Corrêa.