sábado, 5 de outubro de 2013

Vasco da Gama 3x1 Internacional

Vasco da Gama: Diogo Silva; Fágner, Jomar, Cris e Yotún; Fillipe Soutto, Pedro Ken, Juninho Pernambucano (Sandro Silva) e Dakson (André); Marlone e Edmílson (Willie). Técnico: Dorival Júnior.

Internacional: Muriel; Gabriel, Índio, Juan e Kléber; Ygor (Leandro Damião), Willians, Otávio (Forlán), D'Alessandro e Jorge Henrique; Caio (Airton). Técnico: Dunga.

Gols: Edmílson (VAS - 9'1º), Jorge Henrique (INT - 18'1º), André (VAS - 42'1º) e Willie (VAS - 29'2º).

Foto: Marcelo Sadio

MOMENTOS

Vasco e Inter chegaram para a partida em momentos terríveis dentro do Campeonato Brasileiro. O Inter pelo menos ainda permanece distante da zona de rebaixamento, ao contrário do time carioca, que via-se obrigado a vencer pare deixar tal condição. São dois clubes grandes que colecionam decepções no Brasileirão. E o pior: não demonstram dentro de campo que tem condições de reverter. A briga do Vasco é e continuará sendo contra o descenso. A luta do Inter, em contrapartida, é apenas na Copa do Brasil.

O MELHOR TIME DA TEORIA

Na teoria o Inter tem um goleiro seguro, uma zaga experiente, dois laterais de imensa qualidade técnica, volantes capacitados para proteger qualquer sistema defensivo, meias criativos e habilidosos e atacantes goleadores que se completam. Mas tudo isso só na teoria. Na prática o Inter mais uma vez não existiu e sucumbiu perante um adversário inferior. Na prática o Inter teve um goleiro sem estrela, dois zagueiros pesados e aparentemente desentrosados, laterais que não contribuíram em nada para o time, volantes mal posicionados, meias distantes e um ataque absolutamente inexistente.

UM TIME QUE É O REFLEXO DE SUA DIRETORIA

A direção colorada bate cabeça fora dos gramados. O principal cartola do clube autorizava o presidente da Federação Gaúcha de Futebol a vender o Grenal para outra cidade enquanto os homens do futebol batiam o pé garantindo o clássico em Caxias do Sul. A direção vendia o zagueiro Rodrigo Moledo e o polivalente Fred e os "substituía" pelo meia Alex e pelos atacantes Jorge Henrique e Scocco, jogadores de posições bem diferentes. A demora e a confusão da alta cúpula do Inter reflete dentro de campo: um time perdido, incapaz de encontrar soluções rápidas e facilmente envolvido por quaisquer adversários.

O FIM DA ERA DUNGA

A última substituição feita por Dunga enquanto técnico do Internacional foi provavelmente a mais lamentável de todas em sua trajetória de dez meses. Mesmo perdendo por 2x1, ele promovia o ingresso do volante Airton no lugar do veloz Caio. Um minuto depois o Vasco fechava o placar marcando o terceiro. Dunga estava perdido. Aliás, Dunga esteve perdido durante boa parte do Campeonato Brasileiro. O legado tático do treinador inexiste.

POSSIBILIDADES

Abel Braga é o nome mais cogitado para substituir o agora desempregado Dunga. Não vejo em Abelão um nome capaz de reverter essa maré de insucessos. O principal problema colorado é tático, de estratégia e de posicionamento dentro de campo. O profissional mais indicado para arrumar o time dentro de campo é Mano Menezes. Mano é um cara que chega, remenda com as peças que tem e inicia 2014 com um projeto moderno e confiável. Seria uma grande escolha. Clemer, o interino, considero o nome certo para a hora errada. Será um dos grandes técnicos do Brasil, possivelmente, mas daqui uns dois ou três anos. Não pode queimar etapas.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Ciro Götz, comentários deste que vos escreve, reportagem de Henrique Pereira e plantão de Rodrigo Morel.

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