sábado, 12 de outubro de 2013

Flamengo 2x1 Internacional

Flamengo: Felipe; Léo Moura, Chicão, Frauches (Fernando) e João Paulo; Amaral, Elias, Luiz Antônio e André Santos (Gabriel); Paulinho e Hernane (Val). Técnico: Jayme de Almeida.

Internacional: Muriel; Gabriel, Jackson, Juan e Fabrício; Ygor, Willians, Caio (Rafael Moura), D'Alessandro e Otávio (Alex Santana); Leandro Damião. Técnico: Clemer.

Gols: Léo Moura (FLA - 28'1º), Hernane (FLA - 26'2º) e Rafael Moura (INT - 36'2º).

Foto: Alexandre Lops

CAUTELA

O início de jogo foi curioso. Com as duas equipes postadas no campo defensivo, claramente com o objetivo de "sair só na boa", ficou a nítida impressão de que tanto Jayme de Almeida quanto Clemer esperavam que o adversário propusesse o jogo nos primeiros minutos. Os dois times se olhavam, se estudavam com cautela. A primeira finalização saiu apenas aos 13 minutos, após falha de Léo Moura e chute de Otávio para bela defesa de Felipe, goleiro flamenguista - aliás, o melhor jogador da noite.

PROBLEMAS NA LINHA DE MEIAS

Um dos grandes fatos positivos do 4-2-3-1 é que a linha de três meias pode, num avanço rápido dos laterais, virar uma blitz de cinco jogadores no campo do adversário. Aí moram dois problemas básicos. O primeiro deles claramente explicado nas raras jogadas de linha de fundo do Inter: Gabriel e Fabrício tiveram contribuição nula para o time. O segundo problema foi a distância entre os próprios meias. Caio, D'Alessandro e Otávio não tiveram jogadas de combinação, não se aproximaram e pouco se viram na partida. Quem sofreu, por tabela, foi o centroavante Leandro Damião.

FALHAS DEFENSIVAS

O primeiro gol do Flamengo nasceu de uma falta não marcada sobre D'Alessandro. Na sequência do lance, o Flamengo articulou às costas do inerte Fabrício e cruzou para Léo Moura, de movimentação inteligente, aparecer sozinho à frente da área. Com dois volantes, é absolutamente inadmissível que um jogador tenha tamanha liberdade numa zona crucial do campo. Ygor e Willians estavam mal posicionados. O segundo gol, novamente às costas de Fabrício, demonstrou o quão fácil é fazer gol no Inter dentro da área. Juan teve de cobrir o lateral esquerdo, Jackson ficou no meio do caminho e Gabriel, na sobra, nada fez. Resultado: Hernane se colocou entre dois defensores e, completamente sozinho, fez o segundo. O Colorado segue falhando com assustadora frequência.

CUIDADO COM AS SOLUÇÕES MÁGICAS

Rafael Moura entrou aos 34 e logo aos 36 descontou para o Inter. A partir de seu ingresso, o Inter passou a alçar bolas para a área visando He-Man e Leandro Damião. Isso não é a solução para o time, que fique claro. Foi, até certo ponto, contra o Flamengo, mas não pode se tornar rotina. Jogar com dois centroavantes sem movimentação não é o ideal para nenhuma equipe. Clemer, espero, sabe disso.

RISCO

Ninguém no Inter fala em rebaixamento - e honestamente também não acredito. Mas o sinal amarelo deve piscar, sim, nos lados da Beira-Rio. Apenas cinco pontos separam a equipe da zona de descenso. Em terra onde a Série B é motivo de corneta entre os dois grandes rivais, ser rebaixado pela primeira vez seria uma tragédia para manchar a história centenária do clube. Repito, não acredito. Não se pode, no entanto, ignorar a tabela de pontuação.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Ciro Götz, comentários deste que vos escreve, reportagem de Henrique Pereira e plantão de Rodrigo Morel.

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