segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Internacional 2x1 Botafogo

Internacional: Muriel; Ednei (Nathan Índio), Alan, Jackson e Fabrício; Willians, João Afonso, Otávio (Josimar), D'Alessandro e Jorge Henrique; Scocco (Caio). Técnico: Clemer.

Botafogo: Jefferson; Edílson, Bolívar, Dória e Júlio César; Marcelo Mattos (Renato), Gabriel, Gegê (Bruno Mendes), Seedorf e Rafael Marques (Hyuri). Técnico: Oswaldo Oliveira.

Gols: Jorge Henrique (INT - 39'1º), Dória (BOT - 2'2º) e Jackson (INT - 5'2º).

Foto: Alexandre Lops

FUTEBOL CONSCIENTE

Fazia horas que o Inter não apresentava um futebol inteligente, compacto e seguro. O time que derrotou o Botafogo em Caxias do Sul foi isso. Soube observar os espaços cedidos pelo adversário e agir de forma objetiva. Teve a tranquilidade de não se expor desnecessariamente tanto no 1x0 quanto no 2x1. O sistema defensivo, que sempre é a grande preocupação colorada, não causou calafrios no seu torcedor - o que já é um avanço considerável. A zaga funcionou, os laterais não comprometeram, os volantes foram muito competentes e os meias criaram. Abaixo da média apenas Scocco, isolado e improdutivo durante o tempo em que ficou em campo.

TREINO É JOGO

O repórter César Fabris, da Rádio Grenal, alertava ainda no sábado para um detalhe importante do treino tático comandado por Clemer em Caxias do Sul. O comandante colorado disparava contra Otávio, desatento na marcação: "chega de dar desculpa, vai lá e marca o lateral até o fim, essa é sua função!". Pois o primeiro gol contra o Botafogo saiu exatamente assim: com Otávio acreditando em uma bola praticamente perdida, desarmando Júlio César e cruzando para a falha de Bolívar e o consequente chute de Jorge Henrique. O segundo gol, de bola parada, nem é preciso detalhar: uma jogada treinada desde os tempos de Dunga.

O TIME DE CLEMER

Pode ser acaso, pode ser tendência ou pode até mesmo ser uma nova realidade. É difícil concluir com frieza os motivos da boa atuação colorada especialmente em um ano tão turbulento como esse. Mas o fato é que o Inter que venceu o Botafogo teve a cara de Clemer. O 4-2-3-1, convicção do treinador, funcionou. As alterações táticas surtiram efeito. O time teve compactação. Certamente Clemer vai, hoje, dormir feliz.

VITÓRIA PROVIDENCIAL

Em uma terra onde rebaixamento é corneta histórica, mais vale prevenir do que remediar. Por mais que a chance de o Inter ser rebaixado fosse quase nula - a vitória a reduziu a zero -, a direção e especialmente o torcedor tinham uma pitada de desconfiança. O Inter sai agora para dois compromissos bastante complicados longe de casa: Atlético MG e Goiás. Com uma sequência dessas, é indiscutível observar que a vitória contra os cariocas foi providencial para que o CT do Parque Gigante volte a ser palco de dias tranquilos.

OS CUIDADOS

Não é porque o Inter venceu o Botafogo que passou a ser o melhor time do mundo. Calma, alto lá. Não é porque Clemer teve diversos méritos que passa automaticamente a ser o Guardiola brasileiro. Não, decididamente não. É preciso cuidado. É necessário avaliar as situações que envolveram a partida, projetar os próximos jogos e planejar decentemente o ano de 2014. Não se pode esquecer os erros de 2013, mas sim aprender com eles para não repeti-los posteriormente.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagens de César Fabris e João Batista Filho e plantão de Kalwyn Corrêa.

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