quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Brasil 2x1 Chile

Brasil: Júlio César; Maicon, Thiago Silva (Dante), David Luiz e Maxwell; Paulinho (Hernanes), Luiz Gustavo, Hulk (Ramires), Oscar (Willian) e Neymar (Lucas Leiva); Jô (Robinho). Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Chile: Bravo; Jara, Medel e Marcos González; Fuenzalida (Valdívia - Matías Fernández), Carlos Carmona, Marcelo Díaz (Beausejour), Felipe Gutiérrez (Carlos Muñoz) e Mena; Sánchez e Eduardo Vargas. Técnico: Jorge Sampaoli.

Gols: Hulk (BRA - 13'1º), Eduardo Vargas (CHI - 25'2º) e Robinho (BRA - 33'2º).

Foto: Rafael Ribeiro

UM BOM TESTE PARA A COPA

Nada de Gabão, Iraque, China ou até mesmo Honduras - por mais que estes estejam no Mundial. O Chile, esse sim, é um grande adversário de preparação para a Copa do Mundo. Um time veloz, qualificado tecnicamente, intenso e muito bem treinado pelo competente Jorge Sampaoli. É incrível a facilidade com que os chilenos modificam sua forma de jogar e até mesmo seu esquema tático durante as partidas. Contra Inglaterra e Brasil, atuaram no 3-5-2, no 4-4-2, no 4-3-3 e no 4-2-3-1. Do Chile, referências positivas e uma seleção que pode incomodar em 2014.

DIFERENÇAS DE FELIPÃO

Já nem lembro o último treinador que fez a Seleção Brasileira jogar de forma vibrante e competitiva - talvez tenha sido o próprio Felipão, lá no longínquo 2002. O Brasil de hoje tem esse poder de determinação e indignação. Há jogadas ensaiadas na equipe, algo que decididamente não era comum nos últimos anos. O time é taticamente organizado num 4-2-3-1 funcional. A defesa, muito sólida. O meio-campo, compacto. O ataque, envolvente. São as diferenças de um time que está em fase adiantada e bem encaminhada de preparação para a Copa do Mundo.

A MELHOR DUPLA DE ZAGA DO MUNDO

Thiago Silva e David Luiz seguramente estão entre os cinco melhores zagueiros do mundo atualmente. Os dois juntos, então, formam a melhor dupla de zaga do planeta. Não vejo outro time ou outra seleção com uma defesa tão consistente e segura quanto essa. É um ponto alto da Seleção Brasileira. Os dois unem técnica e força e combatem tanto pelo chão quanto pelo alto. Thiago Silva é o capitão e David Luiz é seu substituto natural na função. São pilares importantíssimos na busca pelo hexa.

INTENSIDADE OFENSIVA

Chamou atenção a movimentação do sistema ofensivo de Felipão. Neymar e Hulk alternando sistematicamente de posições, com Oscar centralizado e Jô fazendo muito bem a função de pivô ou até mesmo puxando a marcação para abrir espaços aos meias. É uma engrenagem que funciona. A expressão facial do adversário prova que o perigo vem de todos os lados. Basta um dos meias receber a bola de frente para o gol que o pavor fica nítido nos rivais. E ainda há Willian pedindo passagem. Bernard também. O próprio Kaká, quem sabe. Até mesmo Robinho. Fred também é nome certo para a Copa. É um grupo bastante promissor para o 4-2-3-1 proposto por Felipão.

EDUARDO VARGAS

A carreira desse chileno é um mistério. Durante a jornada da Rádio Grenal, cheguei a classificá-lo como o "incrível caso do atleta que só joga bem com Jorge Sampaoli". O grande momento de Vargas, na La U, foi com este comandante. No Chile, onde é decisivo e sempre faz a diferença, o comandante é o mesmo. No Napoli e no Grêmio Vargas vive de altos e baixos e adquiriu o infeliz rótulo de jogador que amarela nos grandes momentos. Vale lembrar que, com Sampaoli, Vargas raramente joga de ponta. Contra o Brasil, por exemplo, foi "falso nove".

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Thiago Suman, comentários deste que vos escreve, reportagem de Henrique Pereira e plantão de Kalwyn Corrêa.

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