domingo, 31 de março de 2013

Passo Fundo 1x1 Grêmio

Passo Fundo: Bruno Grassi; Jefferson, Mário, Júlio Santos e Xaro; Janderson, Everton Garroni, Chiquinho e Diego Miranda (Marcelão); Branquinho (Léo Mineiro) e João Paulo (Guto). Técnico: Beto Campos.

Grêmio: Marcelo Grohe; Tony, Werley, Bressan e André Santos; Adriano, Souza (Mateus Biteco), Marco Antônio e Guilherme Biteco (Fábio Aurélio); Eduardo Vargas e Kléber (Welliton). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Gols: Eduardo Vargas (GRE - 42'1º) e Diego Miranda (PFU - 30'2º).

Foto: Edu Andrade

PROBLEMÁTICA DA ARTICULAÇÃO

Iniciar uma partida tendo Marco Antônio como articulador principal é ter a certeza de que o maior problema da equipe será, justamente, a falta de criatividade para a armação de jogadas ofensivas. Em Passo Fundo não foi diferente. Sem jogadas trabalhadas no meio-campo, o Grêmio tinha duas possibilidades pelas laterais: Tony e André Santos. Inexplicavelmente a equipe optou pelo lado de Tony, fazendo com que as possibilidades terminassem invariavelmente em cruzamentos altos e sem destino. Equívocos táticos e técnicos que marcaram o empate fora de casa.

REFERÊNCIA DIFERENCIADA

O Grêmio de Passo Fundo foi, pela primeira vez no ano, um time sem centroavante de referência. Nem Barcos, nem Willian José e muito menos Marcelo Moreno: o ataque foi formado por Eduardo Vargas e Kléber. A resposta, talvez surpreendentemente, foi boa. Vargas teve muito boa movimentação e Kléber, mesmo sem o ritmo ideal, conseguiu boas vantagens pessoais sobre a zaga adversárias.

TÁTICA VAI-VAI-VARGAS

Na etapa complementar, o 4-4-2 ficou apenas na teoria. Após as alterações feitas por Luxemburgo, o Grêmio da prática foi o time da "tática vai-vai-Vargas". Apenas o chileno, com investidas individuais e rápidas movimentações, levou perigo ao Passo Fundo. A bola, com Vargas, era bem tratada. Sem ele, não. O restante do ataque gremista claramente foi superado pela defesa adversária.

FÁBIO AURÉLIO DO GRÊMIO

Fábio Aurélio foi apresentado no Grêmio na tarde do dia 4 de junho de 2012. Ao seu lado estava o também recém-contratado Zé Roberto. Muita expectativa e inúmeras dúvidas pairavam sobre ambos: Fábio Aurélio pelo histórico de lesões e Zé Roberto pela idade elevada. Um já há tempos virou "Super Zé", expoente técnico e titular indiscutível. O outro apenas hoje conseguiu estrear. Participou pouco, mas não era possível esperar o contrário. De todo modo, bem-vindo de volta ao futebol, Fábio Aurélio.

VERMELHÃO DA SERRA

Como é bom e bonito ver o Vermelhão da Serra lotado. Mas não nos deixemos enganar: foi a primeira e única vez na temporada. O Passo Fundo não consegue colocar nem mil pessoas no mesmo estádio em jogos contra adversários do interior. É preciso ir o Grêmio - ou o Inter, pode ser - à cidade para que o Vermelhão da Serra tenha um bom público. É a força inenarrável da Dupla em todas as praças do estado. Mas, ao mesmo tempo, é o enfraquecimento nítido do futebol no interior gaúcho. Um dia tivemos um Gauchão interessante, mas isso já faz tempo.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagem de César Fabris e plantão de Kalwyn Corrêa.

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