sábado, 6 de abril de 2013

Bolívia 0x4 Brasil

Bolívia: Galarza; Diego Bejarano (Rony Jiménez), Eguino, Zenteno e Marvin Bejarano (Torrico); Veizaga (Chumacero), Meleán (García), Jhasmani Campos (Danny Bejarano) e Edivaldo Rojas; Arce (Rodrigo Vargas) e Marcelo Moreno. Técnico: Xabier Azkargorta.

Brasil: Jefferson; Jean, Dedé (Dória), Réver e André Santos; Ralf, Paulinho e Jadson; Ronaldinho (Leandro), Neymar (Osvaldo) e Leandro Damião (Alexandre Pato). Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Gols: Leandro Damião (BRA - 3'1º), Neymar (BRA - 30'1º), Neymar (BRA - 41'1º) e Leandro (BRA - 47'2º).

Foto: Aizar Raldes

DEFESA INOCENTE

A inocência da defesa boliviana é comovente. Com três minutos de jogo Leandro Damião já marcara 1x0 e deixava escancarado que a zaga adversária era composta por jogadores sem qualquer nível de malandragem comparado aos brasileiros. Os volantes saiam desordenadamente, deixavam espaços, a zaga não conseguia fazer cobertura e ficava exposta. Por ali o Brasil construiu a goleada. E não poderia ser diferente. Ninguém esperava outra coisa.

FATOR RONALDINHO

Que pena para a Seleção Brasileira que nem todos os adversários são como a Bolívia. Tendo sempre um concorrente deste porte haveria de ser Ronaldinho um grande trunfo para a Copa de 2014. Mas não é assim que as coisas funcionam. Todos sabem o quanto ele já decepcionou com a camisa do Brasil. Hoje foi diferente, chamando o jogo para si, construindo jogadas, articulando possibilidades ofensivas e sendo o melhor em campo. Mas era a Bolívia, entendamos. Infelizmente não é sempre assim.

CAMISA DEZ

Na prática, a camisa dez da Bolívia foi vestida por Jhasmani Campos, com passagem pelas categorias de base do Grêmio em 2005. Não é exagero afirmar, contudo, que o principal "jogador" boliviano sempre foi a altitude. Em Santa Cruz de la Sierra, no entanto, não há este fator desconcertante. Por isso a seleção local foi goleada. As artimanhas de três ou quatro mil metros não funcionaram nos pouco mais de 400 metros da cidade. Os bolivianos, entretanto, não souberam rever seus conceitos: finalizaram de longa distância, sempre muito alto, sem perigo. Não os avisaram que Santa Cruz de la Sierra não é La Paz.

O TRISTE FIM

A convocação de Leandro já fora o fim definitivo de qualquer espécie de esperança que pudesse ter na Seleção Brasileira. Me lembrou o caso César Prates, então reserva do Inter, chamado por Zagallo para defender o Brasil. Uma semana depois estava vendido. Não há quem me convença que a convocação de Leandro se deu por questões técnicas. Não. E ele ainda entrou no segundo tempo. E ele ainda fez gol. E no fim. No triste fim do amistoso em Santa Cruz de la Sierra.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Thiago Suman, comentários deste que vos escreve e reportagem de Douglas Demoliner.

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