quinta-feira, 28 de março de 2013

Grêmio 1x2 Cruzeiro RS

Grêmio: Dida (Marcelo Grohe); Pará, Cris, Werley e André Santos; Fernando, Souza (Marco Antônio) e Zé Roberto; Welliton, Kléber e Barcos (Willian José). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Cruzeiro RS: Fábio; Reinaldo, Claudinho, Léo Carioca (Rogério) e Marcelo; Alberto, Almir, Faísca e Jean Paulo (Goiano); Jô e Gian (Maxsual). Técnico: Benhur Pereira.

Gols: Jô (CRU - 14'2º), Welliton (GRE - 22'2º) e Reinaldo (CRU - 28'2º).

Foto: Lucas Uebel

O GRÊMIO DO HUACHIPATO

O Grêmio desta noite somente não foi irreconhecível porque claramente teve o mesmo espírito, na essência do futebol, daquela trágica derrota para o Huachipato. Desatento em todos os setores, o time não imprimiu ritmo algum e perdeu com absoluto merecimento. Marcelo Grohe falhou, a zaga não correspondeu, o meio-campo sucumbiu à marcação cruzeirista e o ataque esteve irreconhecível. O time de Luxemburgo não pode jogar simplesmente quando quiser. Mas é justamente o que acontece nesse 2013.

A DEZ PARA BENHUR

O Cruzeiro funcionou na noite fria da Arena muito graças ao excelente trabalho de Benhur Pereira. Com uma visão extraordinária daquilo que Luxemburgo iria propor, Benhur teve a grandeza de admitir a inferioridade técnica de sua equipe e armar o Cruzeiro priorizando os setores de marcação. A tríade de volantes composta por Alberto, Almir e Faísca esteve impecável e anulou toda e qualquer possibilidade de Zé Roberto chamar o jogo para si. Claudinho e Léo Carioca, dois bons zagueiros, tomaram conta dos três atacantes gremistas. Do meio para frente era simples: apostar no erro do Grêmio. Funcionou.

O OUTRO LADO DO 4-3-3

Contra o Caxias, funcionou. Contra o Cruzeiro, não. O 4-3-3 de Luxemburgo, testado visando o confronto diante do Fluminense, dessa vez mostrou seu outro lado. Não temo em afirmar que esse esquema prejudica Barcos. O argentino precisa auxiliar Zé Roberto, se aproximar dos atacantes de lado - Welliton e Kléber - e ao mesmo tempo ingressar na área para ser o finalizador da equipe. São múltiplas funções que Barcos até sabe fazer, tem qualidade, mas nem de perto consegue ser o "facilitador" de jogadas, como o próprio Zé Roberto chegou a referir.

FIM DA PACIÊNCIA

César Fabris e João Batista Filho, repórteres da Rádio Grenal, chamaram a atenção para um fato decisivo para a temporada do Grêmio: a torcida perdeu definitivamente a paciência com Willian José e Welliton. Dois atacantes indicados por Luxemburgo, um inclusive que marcou o gol na noite de hoje, já não tem aceitação alguma após três meses de temporada. Isso é sintomático. As vitórias mascaram más atuações individuais, as derrotas, não. Caso não mostrem futebol, Cris e Marco Antônio são os próximos.

CAMISA PARA SEMPRE

Frase de Dirceu de Castro, presidente do Cruzeiro: "fiz questão de entrar no vestiário e dizer que os jogadores podem guardar as camisetas, guardá-las e levarem para casa, de recordação". Ele completa dizendo que "o Cruzeiro fez história, foi o primeiro time gaúcho e brasileiro a bater o Grêmio na Arena". Verdade. O heroísmo do clube, sob a batuta de Benhur Pereira, rendeu esse feito histórico. Se os mandantes foram apáticos, os cruzeiristas não tem nada com isso.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagens de César Fabris e João Batista Filho e plantão de Kalwyn Corrêa.

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