quinta-feira, 21 de março de 2013

Brasil 2x2 Itália

Brasil: Júlio César; Daniel Alves, David Luiz, Dante e Filipe Luís (Marcelo); Fernando, Hernanes (Luiz Gustavo) e Oscar (Kaká); Hulk (Jean), Neymar e Fred (Diego Costa). Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Itália: Buffon; Maggio, Barzagli, Bonucci e De Sciglio (Antonelli); De Rossi (Diamanti), Pirlo (Cerci), Montolivo e Giaccherini (Poli); Balotelli (Gilardino) e Osvaldo (El Shaarawy). Técnico: Cesare Prandelli.

Gols: Fred (BRA - 32'1º), Oscar (BRA - 41'1º), De Rossi (ITA - 8'2º) e Balotelli (BRA - 11'2º).

Foto: Denis Balibouse

SOBRECARGAS

Muito difícil um meio-campo formado por Fernando, Hernanes e Oscar funcionar sem laterais marcadores. O que se viu em Genebra não foi diferente. Fernando tentava se multiplicar para cobrir os espaços deixados tanto por seus companheiros de setor quanto pelos laterais Daniel Alves e Filipe Luís. Não conseguiu. A jornada do gremista foi apagada, discreta.

DESENVOLTURA ITALIANA

Pirlo é daqueles jogadores que nós gostamos de comparar com o vinho: quanto mais velho, melhor. Impressionante a técnica do italiano de 33 anos. Joga de cabeça erguida, marca de forma competente e sai para o jogo como poucos volantes no futebol mundial. Atuou somente 45 minutos, é verdade, mas como de praxe teve uma atuação irreparável.

A ASTÚCIA DE PRANDELLI

Perdendo por 2x0, o técnico Cesare Prandelli resolveu ousar no intervalo: colocou El Shaarawy e Cerci, mas inexplicavelmente sacou Pirlo do time. E deu certo. Inteligentemente o comandante italiano bloqueou os avanços de Daniel Alves e Filipe Luís fixando El Shaarawy às costas do lateral do Barcelona e Cerci atrás do até então tranquilo jogador do Atlético de Madrid. Bastaram onze minutos com essa formação e os italianos já controlavam o jogo. Méritos a Prandelli.

FELIPÃO MEXE MAL

Se o comandante italiano usava a perspicácia para alterar o panorama do jogo, não podemos dizer o mesmo de Felipão na noite fria de Genebra. O técnico brasileiro demorou, mas acertou ao promover o ingresso de Kaká, todavia cometeu o equívoco de tirar Oscar. Seria bom vê-los juntos, Kaká e Oscar na organização de meio-campo. Muitos minutos se passaram até que Felipão se desse conta do aproveitamento ruim de Hulk na partida. Quando sacou o avante do Zenit, o fez para dar lugar ao volante Jean. Erros que podem ter custado a vitória.

O GOLEIRO DA SELEÇÃO

Júlio César pode não ser o melhor goleiro brasileiro em atividade no futebol hoje em dia, mas certamente suas defesas incríveis contra a Itália o credenciaram a isso. Foram quatro ou cinco intervenções importantíssimas e de extrema dificuldade do arqueiro do QPR. Não fosse por ele temo que o resultado fosse favorável aos italianos. Que partida magnífica de Júlio César.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Thiago Suman, comentários deste que vos escreve, reportagem de Henrique Pereira e plantão de Kalwyn Corrêa.

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