quinta-feira, 11 de julho de 2013

Internacional 3x1 América MG

Internacional: Muriel; Gabriel, Índio, Juan e Kléber; Jackson (Jorge Henrique), Josimar, Dátolo e D'Alessandro; Forlán (Maurides) e Rafael Moura (Mike). Técnico: Dunga.

América MG: Matheus; Leandro Silva, Jailton, Vitor Hugo e Danilo; Claudinei, Andrei, Doriva (Leandro Ferreira) e Rodriguinho; Willians (Kaio) e Nikão (Tiago Alves). Técnico: Paulo Comelli.

Gols: Rodriguinho (AME - 40'1º), D'Alessandro (INT - 21'2º), Leandro Ferreira (INT, contra - 23'2º) e Maurides (INT - 43'2º).

Foto: Alexandre Lops

O MEIO-CAMPO DE DUNGA

Com desfalques importantes no setor - Airton, Ygor e Willians, por exemplo -, Dunga viu-se obrigado a improvisar Jackson à frente da dupla de zaga. Não deu certo. O meio-campo em losango proposto pelo Internacional sucumbiu em sua própria incapacidade de articulação. Josimar, pela direita, não teve uma boa jornada. Dátolo, pela esquerda, foi uma das grandes decepções da noite. D'Alessandro, este sim, parecia sozinho na tarefa de furar o bloqueio dos mineiros.

ESTRATÉGIA À MINEIRA

O América MG, fraco tecnicamente, tem apenas um grande destaque individual - Rodriguinho, bom meia. Paulo Comelli, o treinador da equipe, tem todos os méritos de conseguir montar seu time sem centroavante e mesmo assim não perdeu força ofensiva. Willians jogava às costas de Kléber e Nikão, inteligentemente, posicionava-se entre o lateral esquerdo colorado e o zagueiro Juan, ou seja, pegando a bola de frente para o gol.

TIME QUE ERRA

O Inter dos primeiros 45 minutos foi catastrófico. Foi o Inter, em espírito, que perdeu para o Bahia recentemente no mesmo Centenário. Um time que entrou em campo pensando que faria seus gols quando bem entendesse. Ora, não é assim que se faz futebol. Nunca foi. A superioridade técnica, a do papel, precisa ser transferida para a prática, para o campo de jogo. E isso não se faz trocando passes sem objetividade. O primeiro tempo teve uma finalização colorada contra sete dos mineiros. O 0x1 parcial era justo, por incrível que pareça.

FATOR JORGE HENRIQUE

Na volta para o segundo tempo, Dunga promoveu o ingresso de Jorge Henrique no lugar de Jackson, recuando Josimar para a primeira função e colocando o recém contratado como vértice direito do losango de meio-campo. Jorge Henrique mudou o estado anímico do time. Com ele, o Inter passou a jogar futebol, ter jogadas de movimentação e criar espaços na defesa adversária.

TIME QUE ARRISCA

O Inter do segundo tempo em nada lembrou o da primeira etapa. O Inter dos últimos 45 minutos arriscou. Foram sete finalizações contra a meta de Matheus - no primeiro tempo o Inter teve apenas uma conclusão, das quais três delas originaram os gols. O Inter do segundo tempo funcionou, guardadas as limitações técnicas do América MG. Não se faz gol sem arriscar, pena que o Inter demorou para perceber isso - mas sorte que percebeu a tempo da virada.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Thiago Suman, comentários deste que vos escreve, reportagem de César Fabris e plantão de Kalwyn Corrêa.

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