quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Internacional 2x2 Atlético PR

Internacional: Muriel; Ednei (Cláudio Winck), Ronaldo Alves, Juan e Kléber; Airton, Willians, D'Alessandro e Alex (Caio); Scocco (Otávio) e Leandro Damião. Técnico: Dunga.

Atlético PR: Weverton; Léo (Jonas), Manoel, Luiz Alberto e Pedro Botelho; João Paulo, Zezinho, Éverton e Paulo Baier (Juninho); Dellatorre (Ederson) e Marcelo Cirino. Técnico: Vágner Mancini.

Gols: João Paulo (APR - 1'1º), Juan (INT - 14'1º), Ederson (APR - 29'2º) e Otávio (INT - 42'2º).

Foto: Edu Andrade

QUARTETO FANTÁSTICO

Sem Forlán, o setor ofensivo do Inter foi comandado por D'Alessandro, Alex, Scocco e Leandro Damião. Ainda sem o entrosamento ideal - especialmente Alex -, ficou nítido que o rendimento do quarteto ficou um pouco abaixo do esperado, embora tenha levado perigo ao gol adversário. D'Alessandro chamou o jogo mas não obteve êxito. Alex, sem compreender a movimentação dos companheiros, ficou devendo. Scocco, argentino incansável e atrevido, foi o melhor dos quatro. Leandro Damião, pouco acionado em alguns momentos do jogo, foi extremamente útil no gol do 2x2.

ESPAÇO SEM PREENCHIMENTO

Um problema sério que tem o Internacional: um vazio no meio-campo entre seus volantes e seus articuladores. Espaço esse que o Atlético PR soube aproveitar para trocar passes e obrigar com que um dos marcadores - Airton e Willians - saísse de sua posição original. A partir disso, ocorre o "efeito dominó". Sem um dos volantes no lugar, o lateral do lado correspondente fica desprotegido. Com o lateral desprotegido, o zagueiro mais próximo vê-se obrigado a sair da área. Sem um zagueiro na área, há espaço para o ingresso de um elemento surpresa. Foi assim, em jogadas de linha de fundo, que os paranaenses construíram seus dois gols.

O EQUILÍBRIO

Dunga, depois do jogo, falou em "buscar o equilíbrio" para que o Inter, que marca muitos gols, deixe também de sofrê-los em demasia. É o famoso cobertor curto, time que joga e deixa jogar. O Inter, historicamente, nunca foi assim. Muito menos o próprio Dunga.

TEORIA E PRÁTICA

Na teoria, o Inter tem um lateral esquerdo de Seleção Brasileira. Na teoria, o Inter tem em Kléber uma arma importante para municiar os atacantes, especialmente Leandro Damião. Na teoria, o Inter tem pelo lado esquerdo uma jogada de qualidade técnica e inteligência. Na prática, Dunga tem em Kléber um jogador que pouco agrega do meio para frente e que vacila no campo defensivo. Precisa mudar.

OS MÉRITOS DE VÁGNER MANCINI

Vágner Mancini é um sujeito esperto. Sabe que não tem em mãos um grande elenco, embora o momento seja dos mais favoráveis - não perde há mais de sete jogos. É consciente das limitações de sua equipe. Por isso armou o Atlético PR de forma a explorar os defeitos do Inter e atacar somente quando as condições forem favoráveis. Defensivamente, uma marcação forte e o mais longe da área possível. Deu certo. O empate fora de casa, sem dúvidas, foi excelente para o Furacão.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagens de João Batista Filho e Henrique Pereira e plantão de Kalwyn Corrêa.

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