quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Internacional 2x3 São Paulo

Internacional: Muriel; Gabriel (Rafael Moura), Jackson, Juan e Fabrício; João Afonso, Jorge Henrique, Alex (Caio), D'Alessandro e Otávio; Leandro Damião (Scocco). Técnico: Clemer.

São Paulo: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rafael Tolói, Édson Silva e Reinaldo; Wellington, Rodrigo Caio, Douglas, Paulo Henrique Ganso e Ademílson (Lucas Evangelista); Aloísio (Welliton). Técnico: Muricy Ramalho.

Gols: Aloísio (SPA - 9'1º), Leandro Damião (INT - 32'1º), Aloísio (SPA - 44'1º), Jorge Henrique (INT - 2'2º) e Aloísio (SPA - 8'2º).

Foto: Rubens Chiri

INTER NO 4-1-4-1

Clemer surpreendeu a todos quando confirmou João Afonso como único volante no time titular e o retorno de Alex à equipe. Para o desenho de meio-campo, a grande dúvida pairava sobre o posicionamento de Jorge Henrique. Sem a bola, sua recomposição deixava o time no 4-2-3-1 tradicional. Com a bola, entretanto, seus avanços evidenciavam o 4-1-4-1 pouquíssimo usado no futebol brasileiro. Clemer, claramente, inspira-se também nas tendências do futebol europeu para seu início de carreira como técnico. Contra um São Paulo de três zagueiros, os quatro meias colorados davam quase a certeza de que os mandantes iriam encurralar os paulistas.

QUANDO UM GRANDE TREINADOR APARECE

A ideia de Clemer foi rapidamente captada por Muricy Ramalho. E aí percebemos a experiência e a sabedoria de um excelente técnico. Muricy prontamente ordenou que um de seus zagueiros - Paulo Miranda - virasse lateral direito. Douglas passou a atuar como meia aberto, também pela direita. Reinaldo deixou de ser ala e passou a ser lateral pelo setor esquerdo. Ademílson recuou um pouco e passou a ter mais espaço. Pronto. O São Paulo em cinco minutos mudou do 3-5-2 para o 4-2-3-1. Agora os três meias são-paulinhos jogavam atrás da linha de quatro armadores montada por Clemer. Muito cedo Aloísio marcou o 1x0 e ficou claro que o Inter não podia correr tantos riscos. Méritos, muitos méritos a Muricy Ramalho.

ATAQUE X DEFESA

Quando mais o ataque colorado envolve e funciona, mais a defesa se complica e falha. Esse é o dilema do Inter na temporada 2013. Não foi um mau jogo do sistema ofensivo, muito pelo contrário. Alex foi o melhor jogador colorado da partida, D'Alessandro foi muito bem, Jorge Henrique fez gol, Otávio correu, Leandro Damião voltou a marcar, mesmo que tenha saído lesionado... aí temos um Inter que funciona. O time que deixa muito a desejar fica do meio para trás. João Afonso teve inúmeros problemas na saída de bola e no posicionamento, a zaga não consegue ser confiável, os laterais falham na marcação e assim o time não chega a lugar nenhum.

ARBITRAGEM

Péricles Bassols Cortês, árbitro carioca, teve uma péssima tarde em Caxias do Sul. Ele e seus auxiliares prejudicaram o espetáculo e principalmente o time colorado. O primeiro gol dos são-paulinos teve Aloísio em clara posição de impedimento. Na etapa final, já com o placar de 2x3, o juiz simplesmente sonegou um dos pênaltis mais claros do Campeonato Brasileiro 2013. A jogada aconteceu pelo menos um metro dentro da grande área, mas sabe-se lá por que ele acabou marcando fora, também um metro longe da linha. Uma decisão lamentável que, obviamente, fez o Centenário pulsar: "ladrão, ladrão, ladrão".

PROJETO 2014

O Inter tem ainda sete jogos no Brasileirão mas não tem o que fazer. Não cai e também não classifica para a Libertadores. O único possível interesse do Colorado na competição pode ser prejudicar o rival Grêmio através dos confrontos diretos que tem: Atlético PR e Botafogo, na sequência. Fora isso, não há mais como comemorar ou entristecer. É colocar a gurizada para jogar, ver o que pode e o que não deve ser aproveitado e iniciar um planejamento para o ano que vem.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagens de César Fabris e Henrique Pereira e plantão de Kalwyn Corrêa.

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