Atlético PR: Weverton; Léo, Manoel, Luiz Alberto e Juninho; Deivid, Éverton, Zezinho (João Paulo) e Paulo Baier (Fran Mérida); Dellatorre (Ciro) e Ederson. Técnico: Vágner Mancini.
Grêmio: Dida; Werley, Rhodolfo e Bressan; Pará, Souza, Ramiro, Riveros e Alex Telles; Yuri Mamute (Paulinho) e Lucas Coelho (Elano). Técnico: Renato Portaluppi.
Gol: Dellatorre (APR - 36'1º).
Foto: Albari Rosa
ATAQUE ANIMAL
Yuri Mamute e Lucas Coelho: esse foi o ataque de emergência escolhido por Renato para buscar uma atuação convincente fora de casa. Não deu certo. Lucas Coelho ainda tentou, com inteligência, algumas jogadas pessoais. Mamute não conseguiu. Sem um articulador, a dupla de ataque, inexperiente, não conseguiu sequer reter a bola no campo de frente. Pouco - ou nada - contribuíram para o time.
MOVIMENTAÇÕES OFENSIVAS
Dellatorre jogava mais fora da área, buscando vez que outra ingressar em diagonal. Ederson, mais centralizado, sempre foi uma espécia de "achador" de gols. Uma simples alteração de posições, num lance isolado, foi suficiente para definir o placar. Ederson saiu da área e Dellatorre, às costas de Werley, conseguiu confundir a zaga gremista e fazer o gol do jogo. Com três zagueiros, Dellatorre nenhum pode subir, se antecipar e cabecear para o gol.
UM GRÊMIO SEM ARTICULAÇÃO
Não há um armador no elenco do Grêmio. Mas o plantel conta com Elano e Zé Roberto, condutores de bola, que chegam bem de trás, e Maxi Rodríguez, um lançador de movimentos individuais interessantes. Renato abriu mão dos três. Escalou o time sem um elo entre os volantes e os homens de frente. Mesmo com o placar adverso, não fez a terceira alteração e fez com que Maxi Rodríguez e Zé Roberto assistissem aos 90 minutos do banco de reservas. Incompreensível. E quando ingressou Elano, saiu o único atacante que buscava alguma jogada interessante - Lucas Coelho.
FALTOU OUSADIA A RENATO
Renato podia alterar o esquema tático. Não o fez. Manter o 3-5-2 e o 3-6-1 mesmo com a derrota demonstrou uma falta de impetuosidade que até então o comandante gremista não havia demonstrado. Se impunha o ingresso de um meia na vaga de um dos três zagueiros, simplesmente alterando o time para um 4-4-2 mais consistente. Faltou para o Renato treinador aquilo que o Renato jogador tinha como principal característica: ousadia.
O JOGO DE VOLTA
Na Arena, quarta-feira que vem, o Grêmio não pode pensar em outro esquema: é 4-3-3. A vitória é necessária e o 2x1, por exemplo, não basta. Um gol dos paranaenses significa a obrigação dos gaúchos marcarem no mínimo três vezes. É um jogo de risco absoluto. Alguns jogadores já classificaram o apoio do torcedor como fator decisivo. Jogo para 50 mil pessoas. E é proibido sofrer gol.
A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagem de César Fabris e plantão de Kalwyn Corrêa.