A partir de hoje escrevo minhas considerações no seguinte endereço:
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No novo blog, comento não apenas sobre futebol.
Jogos que comentei
Por Cristiano Oliveira
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
Novo Hamburgo 1x2 Inter
Novo Hamburgo: Marcelo Pitol; Rafael Mineiro (Magno), Fred, Luis Henrique e Peixoto; Alberto, Preto, Mazinho (Bruno) e Ânderson Pico (Lucas Santos); Jonatas Belusso e Douglas. Técnico: Itamar Schülle.
Internacional: Alisson; Cláudio Winck, Jean, Thalles e Raphinha; Rodrigo Dourado, Gladestony, Reis, Alex Nemetz (Alex Santana) e Fernando Baiano (Murilo); Aylon (Ruan). Técnico: Clemer.
Gols: Jean (INT - 29'1º), Fred (INT, contra - 47'1º) e Jonatas Belusso (NHB - 5'2º).
Foto: Alexandre Lops
MOBILIDADE OFENSIVA
O Inter de Clemer joga de forma bastante interessante. O sistema ofensivo, bem treinado, funciona como uma engrenagem. Os três meias e o jogador de frente se movimentam de tal forma que podemos considerar o quarteto como uma peça única do time. Reis, Alex Nemetz, Fernando Baiano e Aylon foram, por intensidade, uma só fatia, sempre ativa e levando perigo ao adversário. O centroavante volta para buscar jogo e sua posição é ocupada pelo meia. Os extremos trocam de lugar e abrem espaço para a chegada do homem centralizado. O articulador abre no flanco e o camisa nove volta para pegar a defesa de frente. E por aí vai. São movimentos bem treinados e eficientes.
A OSCILAÇÃO NATURAL
É normal que garotos dessa idade - entre 17 e 21 anos, aproximadamente - demonstrem irregularidade nas suas atuações. Cláudio Winck vinha bem mas foi discreto. Jean e Thalles não agradavam mas em Novo Hamburgo conseguiram destaque. Alisson foi exigido e conseguiu duas grandes defesas. Rodrigo Dourado, sempre eficiente, não conseguiu tanto destaque na partida do Vale. É assim mesmo. Repito o que escrevi após o jogo da Recopa Gaúcha: não se pode fazer avaliações definitivas sobre um time tão jovem.
DE OUTRA TURMA
De todos os jogadores do Inter B, um me parece claramente acima da média: Aylon. Não está pronto para chegar aos profissionais e ser destaque, longe disso. Mas pode ser pensado para compor grupo. Aylon foi o único que conseguiu manter um bom padrão de apresentações nos três jogos do time B de Clemer - Pelotas, São Luiz e Novo Hamburgo. Já foi meia extremo, organizador e falso nove. No ano passado ele disputou a Série B do Campeonato Gaúcho pelo São Paulo de Rio Grande e foi um dos grandes nomes da competição - de nível técnico baixíssimo, é verdade. Muito jovem, Aylon vem demonstrando que é de outra turma.
TIME DE HOMENS X TIME DE GURIS
O nível técnico do Gauchão é tão fraco que um time de guris vence com naturalidade um time de homens. Não pode. Não poderia, se fosse uma competição séria e nivelada. A Dupla Grenal disputou até aqui 12 pontos contra equipes do interior e venceu nove. Meninos de 18 ou 19 anos estão passando por cima dos veteranos de 32 ou 33. A Dupla Grenal é um paquiderme patrolando formiguinhas.
O FATOR ÂNDERSON PICO
A grande exceção que vi até agora nesse Gauchão chama-se Ânderson Pico. Tem futebol para atuar em grandes times do futebol brasileiro. Sua cabeça, contudo, não ajuda. Acredito que ele sabe disso mas faz pouca coisa para mudar - o que deixa a situação ainda mais preocupante. O toque de bola de Ânderson Pico é diferenciado, vê-se no primeiro domínio. O passe em profundidade, o modo com que se movimenta no campo, a facilidade com que tenta um lançamento longo... são características de um jogador claramente acima da média. Mesmo com a derrota, foi escolhido o melhor em campo pela equipe da Rádio Grenal. Quem destruiu sua carreira foi ele mesmo. Infelizmente.
A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Thiago Suman, comentários deste que vos escreve, reportagens de Alex Bagé e Rafael Serra e plantão de Kalwyn Corrêa.
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
São José 1x0 Grêmio
São José: Luiz Carlos; Alexandre Bindé, Fernando, Júlio Santos e Brida; Jonas, Ramos, Felipe Guedes (Sander) e Rafinha (Chiquinho Rezende); Jean Silva e Eraldo (Franciel). Técnico: Beto Campos.
Grêmio: Follmann; Tinga, Rafael Thyere, Canavesio e Breno; Moisés, Matheus Biteco (Guilherme Amorim), Jefferson, Luan e Yuri Mamute (Everton); Everaldo (Angelo). Técnico: Marcelo Mabília.
Gol: Jean Silva (SJO - 34'1º).
Foto: Lucas Uebel
DESERTO DO PASSO D'AREIA
A julgar pelo pouquíssimo público - aproximadamente mil heróis - e pelo fortíssimo calor, era correto definir o Passo D'Areia como um deserto nesse último domingo. Um termômetro colocado na grama sintética antes da partida indicava temperatura de 63 graus. Desumano. Inadmissível permitir um jogo de futebol em tais condições. O resultado não poderia ser outro: ritmo leve das duas partes e uma partida com poucas oportunidades de gol.
TINGA: A VÍTIMA
O lateral direito gremista, Tinga, foi certamente a maior vítima do jogo criminoso das 17h. O jovem jogador saiu com bolhas nos pés e pouco conseguiu mostrar dentro de campo. Fazia calor. Muito calor. Na grama sintética, mais ainda. Sem dúvidas foi o que mais sentiu.
OS ZAGUEIROS DA BASE
Muito se esperava de Canavesio. Rafael Thyere, na teoria, era o coadjuvante da dupla de zagueiros. O que se viu, entretanto, foi absolutamente o oposto. Thyere desarmou, demonstrou solidez e maturidade e foi um dos destaques do jogo. O argentino, em contrapartida, acabou falhando no gol do Zequinha e apresentou futebol excessivamente simples. Canavesio foi inseguro.
BRENO E MOISÉS
Os dois principais nomes do Grêmio na grama sintética quente do Passo D'Areia. Breno, lateral esquerdo, é jogador de personalidade. Chega bem à frente, se movimenta com intensidade e busca ocupar os espaços deixados pela defesa adversária. Duas das chances do time saíram de seus arremates. Moisés, primeiro volante, foi seguro e impressionou positivamente. Maduro, bem posicionado e atuante no jogo, se mostrou capaz de marcar e sair para o jogo com qualidade. Trazido do Lajeadense no ano passado, não deve demorar muito para subir aos profissionais.
SETOR OFENSIVO
Reflexo do "time A" de 2013, o Grêmio de Mabília pouco criou e evidentemente quase nada finalizou. Yuri Mamute, como de praxe, foi uma usina de empenho e um fósforo de objetividade. Luan e Everaldo foram levemente acima da média. Mas muito pouco. Luan tem características interessantes, como o drible curto e a finalização rápida. Everaldo é um centroavante de pouca qualidade técnica mas de muita inteligência. A companhia não ajudou, é verdade, mas algum destaque ambos tiveram.
A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Thiago Suman, comentários deste que vos escreve, reportagens de Alex Bagé e Henrique Pereira e plantão de Kalwyn Corrêa.
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Pelotas 3x2 Internacional
Pelotas: Paulo Sérgio; Igor, Bruno Salvador, Fred e Carlos Alexandre (Alex); Tiago Gaúcho, César Santiago, Carlos Alberto (Felipe Guedes), Jefferson Luís (Mithyuê) e Lucas; Sandro Sotilli (Felipe Garcia - Lucas Bahia). Técnico: Paulo Porto.
Internacional: Alisson; Cláudio Winck, Jean, Thalles e Raphinha; Rodrigo Dourado, Bertotto, Gladestony (Alex Nemetz), Aylon e Reis (Bruno Gomes); Nathan (Fernando Baiano). Técnico: Clemer.
Gols: Cláudio Winck (INT - 16'1º), Cláudio Winck (INT - 43'1º), Felipe Garcia (PEL - 44'1º), César Santiago (PEL - 25'2º) e Felipe Garcia (PEL - 28'2º).
COMPONENTES DO JOGO
A bola voltava a rolar no futebol gaúcho. E logo num jogo valendo taça. A recém criada Recopa Gaúcha pode não valer muita coisa para a Dupla Grenal, mas indiscutivelmente assume um caráter importante para os clubes do interior. O que se viu em Pelotas foi um estádio com bom público - chovia e ventava muito - e um clima realmente de final. Houve até invasão de campo, no fim do jogo. E foram milhares aqueles que entraram no gramado para fazer a festa com o grupo de jogadores. Centenas, talvez até mais de mil.
CONCLUSÕES PRECIPITADAS
Antes de se fazer qualquer avaliação sobre o Inter que foi a campo, deve-se lembrar que era a gurizada. Jovens que recém estão surgindo ou que nem sequer saíram ainda das categorias de base. É preciso calma. Conclusões precipitadas são perigosas. Avaliações definitivas podem se transformar, num futuro próximo, em erros colossais. O extremismo é perigoso quando falamos sobre grupos jovens e equipes em formação.
CLEMER
Clemer saiu do comando interino do Inter "principal", foi para suas férias e coube a André Döring comandar o time B. O ex-goleiro colorado falou o que não devia, a direção não gostou e Clemer foi recolocado como comandante da equipe. No seu retorno, logo de cara já modificou o time que vinha sendo preparado por André. Mudou quatro peças. E perdeu. Claro que os erros foram potencializados pela derrota, mas Clemer teve personalidade para alterar aquilo que ele entendia como possível. O único erro grave dele na partida da Boca do Lobo foi deixar Nathan tempo demais em campo.
DISCRETOS E EFICIENTES
Gosto de volantes discretos e eficientes. São eles que dão sustentação ao meio-campo e colaboram com a proteção do sistema defensivo. Rodrigo Dourado e Bertotto são assim. O primeiro, mais contido, joga centralizado à frente da zaga. Faz o papel de primeiro homem do setor que sabe jogar e pouco erra passes. Bertotto já tem mais liberdade para atacar. Tem qualidade para isso, sem dúvida. Me parece que dois bons volantes estão surgindo no Beira-Rio.
ENTENDENDO POR QUE PERDEU
Mais do que mudar, é preciso saber onde fazê-lo. E para isso é preciso entender por que perdeu. O Inter foi derrotado, antes de mais nada, pela sua própria inexperiência. Mesmo vencendo, os jovens e imaturos jogadores se atiravam para o ataque em busca de resolver logo a partida. E tinham um atleta a mais em campo. Erro crasso. O jogo ficou aberto e o Pelotas, mais consciente, empatou e virou logo em seguida. E o Inter também perdeu, justiça seja feita, pelos vários méritos que teve o time da casa. Paulo Porto foi cirúrgico e ousado nas duas alterações processadas ainda no primeiro tempo. Com dez jogadores desde os 12 minutos do primeiro tempo, o Pelotas conseguiu com superação e astúcia bater o envolvente mas afobado time do Internacional.
A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Thiago Suman, comentários deste que vos escreve, reportagem de Henrique Pereira e plantão de Rodrigo Morel.
domingo, 15 de dezembro de 2013
Internacional 0x0 Ponte Preta
Internacional: Muriel; Ednei, Índio, Juan e Fabrício; João Afonso, Josimar (Alex), Jorge Henrique (Forlán), D'Alessandro e Otávio; Leandro Damião (Rafael Moura). Técnico: Clemer.
Ponte Preta: Daniel; Régis Souza, Betão, Raphael Silva e Maurício; Alef, Ferrugem, Matheus Olavo, Adrianinho (Ian) e Ademir (André); Giovanni (Luizinho). Técnico: Jorginho.
Foto: Itamar Aguiar
A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Haroldo de Souza, comentários deste que vos escreve, reportagens de César Fabris e Henrique Pereira e plantão de Kalwyn Corrêa.
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